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Polícia Domingo, 29 de Junho de 2025, 15:56 - A | A

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Em MS

Golpistas usam dados de terceiros para vender ingressos da Exposul pela metade do preço

Grupo hospedado em pousada em Chapadão do Sul usava nomes, CPFs e contas bancárias de vítimas para aplicar golpes

Elaine Oliveira
Capital News

A Exposul 2025, tradicional evento de Chapadão do Sul, foi palco para um golpe articulado por criminosos que utilizaram dados bancários de terceiros para comprar ingressos e revendê-los a preços muito abaixo do valor oficial. O caso foi descoberto após denúncias de consumidores desconfiados das ofertas "imperdíveis".

A investigação conduzida pela Polícia Civil revelou que o grupo era composto por três suspeitos hospedados em uma pousada da cidade. Enquanto um deles atuava presencialmente, espalhando os ingressos em comércios locais, os outros dois comandavam a operação digital. Os golpistas utilizavam nomes, CPFs e informações bancárias de vítimas inocentes para efetuar compras de ingressos e, em seguida, revendê-los por valores atrativos.

“Eles operavam de forma organizada, com planilhas contendo dados das vítimas e grupos no WhatsApp criados exclusivamente para a comercialização dos ingressos comprados ilegalmente”, detalhou um dos investigadores.

Em um dos casos apurados, uma vítima identificou uma compra contestada no valor de R$ 1.788 em seu nome, quantia que nunca autorizou, mas que financiou a entrada de alguém que provavelmente desconhecia a origem ilícita do ingresso.

Durante a operação, a polícia apreendeu celulares com provas claras da fraude, como mensagens de negociação dos bilhetes, listas com dados pessoais e conversas que indicavam a prática sistemática do crime. O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público. Os três suspeitos foram indiciados por estelionato e associação criminosa.

A Polícia Civil não descarta que o esquema tenha sido replicado em outros eventos e pede que possíveis vítimas entrem em contato. O caso serve de alerta para quem compra ingressos em plataformas não oficiais. "Ofertas com preços muito abaixo do mercado podem esconder crimes graves e trazer prejuízo aos consumidores", ressaltou a autoridade policial.

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