Segunda-feira, 06 de Maio de 2024


Opinião Sábado, 10 de Agosto de 2019, 07:00 - A | A

Sábado, 10 de Agosto de 2019, 07h:00 - A | A

Opinião

Valor primeiro, preço depois

Por Walter Roque Gonçalves*

Artigo de responsabilidade do autor
Envie seu artigo para [email protected]

O primeiro trimestre de 2019 foi fraco. É o que aponta os dados do PIB (Produto Interno Bruto), divulgados recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O recuo é de 0,2%. Patamar semelhante a 2012.  Segundo Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, “produção industrial, serviços, vendas no varejo perderam força ao longo do primeiro e segundo trimestre. O mercado, de certa forma, estava esperando por este resultado”. A tragédia da Valle, questões internacionais, em especial crise na Argentina, afetaram diretamente investimentos no Brasil e exportações. Acontecimentos como estes geram um efeito cascata na economia e afeta a realidade da economia como um todo. O que fazer?

Divulgação

Walter Roque Gonçalves - Artigo

Walter Roque Gonçalves


O secretário do governo federal Carlos da Costa salienta que o cenário político é o principal emperro para a economia, afinal os empresários recuam diante de cenários de incertezas. Contudo, o brasileiro é povo que luta com garra, empregado ou não sempre dão um jeito. É, desta força, que ainda podemos contar com consumo. Este bolo econômico é disputado real a real no comércio, vence o empresário que é capaz de aprimorar competências em áreas vitais para empresa, como gestão financeira, marketing, tecnologia da informação, qualidade e desenvolvimento humano.

Neste contexto, é importante lançar luz novamente sobre o preço e a “carnificina“ econômica que fazem muitos empresários disputar o mercado reduzindo mais e mais o preço e acabam experimentando um colapso financeiro que pode levar à falência em pouco tempo, principalmente nesta fase que a economia atravessa. Vende-se a qualquer preço, por qualquer prazo para o cliente que aparecer. No final, a empresa fica sem caixa, devendo para todo mundo e sem condições de manter as atividades básicas do negócio.

Caro empresário, entenda algo vital - o cliente compra valor e negocia preço. O valor está na experiência, na segurança, na qualidade percebida, no atendimento diferenciado, nas garantias, no suporte. E preço é uma etiqueta, com um número que pode ser comparado facilmente. Cabe ao vendedor esclarecer para o cliente que se deve comparar produtos com as mesmas características e benefícios. Veja o exemplo das caixinhas de som da JBL, ou mesmo a Tupperware, porque os consumidores destas marcas não trocam as compras por imitações? Afinal o preço é bem menor. Será que a qualidade do som da JBL e da Tupperware fazem a diferença? Portanto, foque sempre no valor do seu produto e serviço, venda isto para o cliente para depois negociar preço.

 

 

*Walter Roque Gonçalves
Professor ABS/FGV, consultor de resultados especializado em micro, pequenas e médias empresas | CRA 144.772 | Contato: (18) 99723-3109 | e-mail: [email protected]

 

• • • • •

 

A veracidade dos dados, opiniões e conteúdo deste artigo é de integral responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Capital News

 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS