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A Constituição da Bolívia estabelece que, na ausência de presidente e vice-presidente, o próximo na sucessão é o presidente do Senado
A senadora Jeanine Áñez assumiu nesta terça-feira (13) a presidência da Bolívia, cargo que foi renunciado por Evo Morales no último domingo (10).
Em uma sessão relâmpago que durou alguns minutos, Jeanine ressaltou que na ausência do presidente e do vice-presidente, ela assumiria imediatamente como presidente do estado.
No primeiro discurso após assumir o cargo, a senadora afirmou que convocaria novas eleições o mais rápido possível.
Como segunda vice-presidente do Senado, Áñez vinha defendendo que cabe a ela assumir a presidência após as renúncias de Evo Morales e da cúpula do seu partido que ocupava cargos na linha sucessória.
Além de Evo, deixaram seus cargos o vice-presidente, Álvaro Garcia; a presidente do Senado, Adriana Salvatierra; o vice-presidente do Senado, Rubén Medinacelli; e o presidente da Câmara dos Deputados, Víctor Borda.
A Constituição da Bolívia estabelece que, na ausência de presidente e vice-presidente, o próximo na sucessão é o presidente do Senado e depois o presidente da Câmara dos Deputados.
A ação de Áñez foi apoiada pelo ex-presidente Carlos Mesa, oponente de Morales nas eleições de 20 de outubro; e Luis Fernando Camacho, uma das principais vozes da direita contra Morales.
Já Morales, asilado no México, escreveu no Twitter que, com a jogada da oposição, "foi consumado o golpe mais sorrateiro e desastroso da história".
"Uma senadora golpista se autoproclama presidenta do Senado e logo presidenta interina da Bolívia sem quórum no Legislativo", disse Morales.