Em negociação de acordo de delação premiada, o doleiro Lúcio Funaro foi transferido, nesta quinta-feira (6) do presídio da Papuda, para a Superintendêncioa da Polícia Federal (PF), em Brasília. O Ministério Público Federal (MPF) justificou, no pedido, novas tomadas de depoimento.
Funaro é acusado de cometer fraudes no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) com a ajuda do ex-deputado, cassado, Educardo Cunha (PMDB-RJ), preso há 9 meses, por determinação do juiz federal Sérgio Moro.
O MPF havia solicitado que Funaro ficasse em Brasília asta sexta-feira (7), porém o prazo foi estendido por mais uma semana pela Justiça. A ação facilita o acesso do doleiro a sua defesa para eventual negociação de delação premiada.
Caso Funaro torne-se um delator, a situação política do presidente Michel Temer (PMDB) seria ainda mais agravada. Em depoimentos anteriores, o doleiro afirmou à PF que o chefe do Executivo Nacional orientava na distribuição de dinheiro desviado da Caixa Economica Federal.
Os depoimentos dele também subsidiaram o pedido de prisão do ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), acatado pelo juiz Vallisley de Souza Oliveira. Geddel está preso desde a última segunda-feira (3), suspeito de agir para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.