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Nacional Quinta-feira, 25 de Maio de 2017, 13:09 - A | A

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Pós-delação

Grupo dono da JBS negocia venda de ações da empresa

O dinheiro da venda seria para pagar multa de 11 bilhões, exigência do Ministério Público Federal

Maisse Cunha
Capital News

Portal no Ar

OAB defende apuração urgente das denúncias contra Temer

Joesley e Wesley Batista, delatores de Temer e Aécio, negam ter contratado o Bradesco ou qualquer outro banco para vender ativos da JBS

Após as revelações da delação premiada, os irmãos Joesley e Wesley Batista conversam com o Bradesco BBI para organizar um plano de venda de várias ações da JBS.

A família, detentora de 42% da empresa, busca maneiras de levantar capital, após exigência da Procuradoria-Geral da República (PGR), de pagamento de R$11 bilhões, como parte do acordo de leniência em negociação dos executivos.

Em decorrência das alegações de pagamento de propina em troca de crédito estatal, o valor de mercado da empresa foi reduzido em um terço. O escândalo, levou a pedidos de renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) e ao afastamento do senador Aécio Neves (PSDB), além da prisão da irmã e do primo do tucano, e revelou a estreita e corrompida relação entre grandes figuras políticas e o setor empresarial brasileiro.



Inicialmente, os irmãos Batista rejeitaram o valor bilionário proposto pelo Ministério Público Federal (MPF), mas diante da negativa do pedido de redução da multa, a J&F, controladora da JBS, começaram a considerar a venda de ativos para quitar a dívida e selar o acordo. A J&F nega.

Os irmãos negociam a venda da empresa de produtos lácteos Vigor, dona das marcas Itambé e Danúbio, e a fabricante de calçados Alpargatas, dona das Havaianas e da Osklen. A última, comprada há menos de três anos da Construtora Camargo Corrêa, também envolvida em escândalos de corrupção. À época, e empresa foi comprada por R$2,7 bilhões. Hoje, a marca de calçados vale mais de R$3 bilhões.

Foto Painel Florestal

eldorado celulose

Eldorado Celulose, unidade localizada em Três Lagoas

A Eldorado Celulose, localizada em Três Lagoas, estaria no início do processo de busca de compradores. A rival Fibria, também com unidade em Três Lagoas, seria uma das potenciais interessadas.

Em menos de uma década, os irmãos Batista, com empréstimos advindos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), levaram a JBS de uma empresa regional à uma gigante global que opera em quatro continentes.

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