A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobrás decidiu ouvir o ex-diretor da Estatal, Paulo Roberto Costa, na próxima quarta-feira (17). O depoimento de Costa, que já havia sido aprovado pela comissão no dia 3 de junho, depende, no entanto, da autorização do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pelo caso. Ele é suspeito de participar de um esquema de lavagem de dinheiro coordenado pelo doleiro Alberto Youssef.
Em reunião, na manhã desta quarta-feira (10), o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo, integrantes da comissão e lideres de vários partidos de governo e oposição, optaram por ouvir Paulo Roberto Costa.
Mesmo com a posse do ministro Ricardo Lewandowiski como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) marcada para esta tarde, Vital do Rêgo adiantou que pretende que um grupo de senadores seja recebido ainda hoje pelo ministro Teori Zavascki, que é relator sobre os processos da Operação Lava Jato na corte. Os senadores querem pedir que o ministro autorize o compartilhamento automatico, com a comissão, de todas as informações passadas à Justiça, pelo ex-diretor da Petrobras, em troca da delação premiada.
“Além de autoincriminar, ou seja, assumir parte nesta trama criminosa ele está apontando outras pessoas que participaram de atos de corrupção envolvendo a Petrobras. Então é fundamental que o Congresso possa trazê-lo à CPMI e, com a sua participação, a gente possa esclarecer boa parte dos fatos nebulosos e criminosos que estão sendo noticiados pela imprensa”, disse o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), suplente na CPMI.
O deputado Rubens Bueno, líder do PPS na Câmara, participou da reunião, e cobrou a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de empreiteiras envolvidas com a Petrobrás. “ A quebra de sigilo tem fundamental importância para esclarecer de onde saiu e aonde foram parar bilhões de reais”, destacou.
Em reportagem veiculada pela revista Veja, desta semana, Paulo Roberto da Costa, delatou o envolvimento de políticos em um esquema de propina na Petrobrás.
Segundo a revista, foram citados nomes de parlamentares, ministro e ex-governadores que teriam participado do esquema de recebimento de propina em negócios da petrolífera com outras empresas.
De acordo com a Veja, Costa fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, que permite a redução da pena para quem colabora com as investigações.
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