Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008, 17h:00 -
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Morenão volta a ser palco do Estadual neste domingo
André Lima Capital News (www.capitalnews.com.br)
Inaugurado em 1971, o estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, passa por problemas de falta de manutenção e está sem condições para receber grandes eventos. Liberado parcialmente para receber os jogos do campeonato estadual de futebol hoje de manhã, o estádio está com um público permitido de apenas 10 mil pessoas, menos de 30% da capacidade instalada.
A decisão foi anunciada hoje pelo reitor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Manoel Catarino Paes Peró.
Com a capacidade reduzida, o jogo da Copa do Brasil entre Cene e Palmeiras deve mesmo ser alterado para Dourados.
Peró participou de reunião com o presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cesário, e os presidentes dos três clubes da capital no estado, o do Operário, Tony Vieira, o do Cene, José Rodrigues e o do Comercial, Carlos Alberto Assis.
O reitor da UFMS apresentou um laudo parcial de vistoria feita pela equipe técnica composta por três professores de Engenharia Civil e um perito que representa o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). Os trabalhos tiveram início ainda no ano passado, no dia 27 de novembro.
A situação do Morenão é preocupante, há rachaduras na marquise e na cabine de imprensa, além de problemas de infiltração. Na arquibancada geral, o piso tem afundamento, o que favorece a infiltração de água.
Deve ser feita nos próximos dias uma análise completa que vai apontar a real condição da estrutura da marquise. A previsão é que o laudo definitivo saia dia 10 de fevereiro.
Na reunião, Peró lembrou do caso no estádio Fonte Nova, da Bahia, onde parte da arquibancada desabou e sete pessoas caíram e morreram. Vários dirigentes do Bahia foram indiciados por homicídio doloso e os engenheiros por homicídio culposo.
O reitor aproveitou ainda a oportunidade para pedir ajuda ao poder público. Segundo Peró, a UFMS tem orçamento limitado à educação e que a conservação do Morenão necessita de apoio da prefeitura e do governo do Estado, pois as maiores rendas chegam a R$ 6,5 mil.