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Economia Terça-feira, 19 de Dezembro de 2017, 18:53 - A | A

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Logística

Integração do modal ferroviário dará lucratividade a produção de MS

Ferrovia encurtará em quase um mês trajeto da metade das exportações

Flávio Brito
Capital News

Deurico/Capital News

Integração do modal ferroviário dará lucratividade a produção de MS

.Governando Reinaldo Azambuja falou da competitividade para o Estado 

A Ferrovia TransAmericana vai  integrar as economias do Brasil e da Bolívia passando por Mato Grosso do Sul e garantir o transporte de até 20  milhões de toneladas de carga para exportação. A primeira fase do projeto vai ligar o Porto de Santos a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, passando por Corumbá, Campo Grande e Três Lagoas. Quando estiver concluído, vai permitir a ligação com o oceano Pacífico, permitindo o transporte de até 35 milhões de toneladas em commodities para a exportação. O benefício será a economia de mais de 20 dias no transporte marítimo dos produtos para a Ásia, por exemplo, principais compradores do que é exportado por Mato Grosso do Sul.

 

A apresentação feita nesta terça-feira (19) pelo coordenador do Projeto Ferrovia TransAmericana, Daniel Rossi e o evento contará com a presença do ministro do Itamaraty, João Carlos Parkinson de Castro.

 

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Integração do modal ferroviário dará lucratividade a produção de MS

Daniel Rossi é o coornador do projeto

O projeto está sendo garantido por um consórcio formado por empresas que dependem do modal e estão interessadas em operá-lo após o término do contrato com a Rumo ALL, conectando a Malha Oeste à Ferroviária Oriental na Bolívia e sua possível conexão com a Ferroviária Andina, ligada aos portos do Oceano Pacífico. As commodities vão chegar mais rápido a países como a China, que é responsável por 55% do vendido pelo Estado para a Ásia.

 

O projeto reúne empresas pela Rumo – Malha Oeste, Ferroviária Oriental (Bolívia), Ferroviária Andina (Bolívia), Transfesa, MP Trade (China/Brasil) e a empresa Hub Intermodal Três Lagoas. Falando dos benefícios para a economia, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), lembrou da importância de se garantir competitividade aos produtos brasileiros. “Os produtores dos Estados não gastam mais que 250 km com frete rodoviário para estar perto de uma hidrovia ou uma ferrovia”, comparou o chefe do Executivo, exemplificando com as diferenças de custo e as perdas sofridas pelo setor no transportes. 

 

“Pela primeira vez a gente tem algo bem desenhado, numa conexão que encurta de 20 a 25 dias o tempo que a nossa carga leva para se conectar aos países asiáticos, que representam 50% das nossas exportações”, detalhou. Com o encurtamento de 20 mil km de distância no trajeto marítimo, aumenta a competitividade da produção de grãos, celulose, carne e todos os demais produtos do Estado, além de diminuir o custo das importações.

 

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“Vamos caminhar 1,5 mil quilômetros em ferrovias, mas vamos ganhar 20 mil de frete marítimo”, reforçou o governador. Ele destacou ainda que o estudo de viabilidade do projeto já foi feito e a demanda de cargas do Estado contribuiu para atrair investidores. O próximo passo é o pedido à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para ampliação da concessão da empresa Rumo, que opera a malha oeste do Estado. No processo, será incluído o consórcio que contempla as demais investidoras do projeto. “Não tenho dúvida de que teremos uma ferrovia competitiva passando por MS”, adiantou o governador.

 

Ministro do Itamaraty, João Carlos Parkinson de Castro, é o responsável pela intermediação entre os países para garantir a elaboração de um modelo alfandegário único, que garantir maior facilidade na liberação das cargas entre as fronteiras de Brasil, Bolívia e Chile. Rossi explica que já que a demanda está garantida para a ferrovia TransAmericana, apoiada no transporte da cadeia produtiva de carne, celulose, minério de ferro, combustiveis e uréia. 

 

“Uma das etapas importantes para o andamento do projeto já foi vencida. A garantia de renovação da concessão da administração da Malha Oeste Ferroviária para a Rumo ALL, que é participante do consórcio”, detalhou. O contrato de concessão será ainda usado como garantia para a atração de investidores de fundos internacionais. Um grupo alemão integra a operação. “Eles também estão interessados em fazer a gestão da ferrovia”, adiantou. 

 

Deurico/Capital News

Integração do modal ferroviário dará lucratividade a produção de MS

Projeto foi apresentado nesta terça-feira (19), em Campo Grande 

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