A desaceleração da economia tem causado demissões em vários setores industrias de Mato Grosso do Sul, principalmente no sucroalcooleiro, frigoríficos e mínero-siderúrgico. Essa crise que tem afetado esses segmentos é a causa apontada pelo presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul, Sérgio Marcolino Longen, pela diminuição no número de empregos formais registrados no setor no mês de outubro, saldo que estava positivo até o mês de setembro.
Dados do Radar Industrial da Fiems, baseados nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que houve queda de 36% na contratação. De janeiro a setembro de 2008, em comparação com igual intervalo de 2007, a expansão do emprego industrial havia sido de 43,5%, já quando se considera o resultado incluindo o mês de outubro a expansão verificada não ultrapassa os 7,5%.
De janeiro a outubro de 2008 o setor industrial do Estado foi responsável por 27% de todos os empregos criados em Mato Grosso do Sul. Entretanto, até o mês passado a participação do setor era de 30,5%, ou seja, houve uma perda de participação relativa.
Em outubro registrou-se uma redução líquida de postos de trabalho no setor industrial do Estado: foram menos 493 vagas. Em igual mês de 2007 o setor havia registrado uma abertura de 1.341 novos postos.
De acordo com o presidente da Fiems, um relatório será entregue em Brasília, ao governo federal e a parlamentares sul-matogrossenses na semana que vem, em que a federação aponta soluções para o desaquecimento no setor e apresenta os números referentes às indústrias do Estado. “Vamos entregar um relatório com todas as nossas sugestões para tirar o setor desse quadro”, destacou Longen.
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Em Mato Grosso do Sul, o mês de outubro apresentou uma redução de 46,7% na geração de empregos formais em relação ao mesmo mês de 2007, aponta relatório do Radar. O saldo da geração de empregos no mês de outubro em Mato Grosso do Sul começa a indicar uma acomodação na geração de novas vagas no mercado de trabalho.
O mês é tradicionalmente marcado por uma aceleração nas contratações, especialmente nos setores de comércio e serviços, por conta das vendas de final de ano. Dinâmica confirmada em 2008, onde o comércio gerou 965 vagas enquanto o setor de serviços foi responsável por mais 592 novos postos de trabalho em Mato Grosso do Sul.
Entretanto, quando são observados os setores da construção civil e indústria de transformação, segmentos econômicos que vinham apresentando crescimentos vigorosos ao longo de 2008, constata-se fortes sinais de desaceleração. Comparando com outubro de 2007 os dois segmentos saíram de elevados saldos em suas contratações, construção civil 454 vagas e indústria de transformação 848, para o quadro de redução líquida de postos de trabalho menos 91 e menos 432 postos, respectivamente.
