A Dívida Pública Federal (DPF) bateu novo recorde em abril, ultrapassando R$ 7,6 trilhões pela primeira vez, segundo dados do Tesouro Nacional divulgados nesta quarta-feira (28). O aumento foi de 1,44% em relação a março, impulsionado principalmente pela apropriação de juros e pela emissão líquida de títulos públicos.
A maior parte do estoque da dívida é interna, em títulos mobiliários (DPMFi), que também cresceu e chegou a R$ 7,31 trilhões. O Tesouro emitiu R$ 204 bilhões em abril, sendo R$ 41 bilhões a mais do que resgatou, além da incorporação de mais de R$ 70 bilhões em juros. Já a dívida externa caiu 1,1%, com a variação do dólar.
O chamado “colchão da dívida”, reserva usada em momentos de maior pressão, subiu para R$ 904 bilhões, suficiente para cobrir 8,5 meses de vencimentos. A composição da dívida mudou: a participação de títulos prefixados caiu, enquanto os atrelados à Selic e à inflação aumentaram, seguindo as condições atuais do mercado.
Entre os principais detentores da dívida estão instituições financeiras (30,5%), fundos de pensão (23,9%) e fundos de investimento (22,1%). A participação de investidores estrangeiros também cresceu levemente, de 9,6% para 9,7%. Segundo o governo, a expectativa é que a DPF feche 2025 entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.