A megafábrica de celulose da Suzano, localizada em Ribas do Rio Pardo, iniciou suas operações em julho deste ano e foi oficialmente inaugurada ontem, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Projeto Cerrado, como é chamado, é a maior planta industrial de celulose de linha única do mundo e tem capacidade para dobrar de tamanho nos próximos anos.
Durante o evento, o vice-presidente executivo de operações de celulose, engenharia e energia da Suzano, Aires Galhardo, explicou que a estrutura da fábrica foi planejada para abrigar uma segunda linha de produção. “Essa planta, o desenho dela e de como a gente posicionou os equipamentos, é um layout para duas plantas. Então, ela foi desenhada para duas plantas. Mas, obviamente, quando a gente for fazer uma expansão, temos que fazer uma [ampliação da] base florestal antes, e as condições do mercado têm de estar adequadas para poder fazer isso”, afirmou Galhardo.
Ele ainda ressaltou que, no momento, o foco é estabilizar a unidade fabril recém-inaugurada, e a expansão ainda não está sendo discutida. “A gente precisa de mais ou menos 300 mil hectares de floresta plantada total para abastecer essa planta, dá uns 50 mil hectares por ano. A gente precisaria dobrar isso para o mesmo volume. [A fábrica] foi desenhada para isso, mas depende de condições de mercado. Mais à frente, se o mercado demandar mais celulose e entendermos que tem as condições para fazer, vamos fazer”, explicou.
O governador Eduardo Riedel também participou da inauguração e destacou a importância do setor de papel e celulose para o estado. “O setor de papel e celulose, de florestas plantadas, tem uma capacidade de gerar emprego de qualidade. Também tem a capacidade de ajudar no processo de investimento em infraestrutura e todas as consequências de um crescimento dessa ordem, que impõe ao Estado ações importantes, como educação, saúde e segurança pública nos municípios que sofrem esse tipo de impacto positivo”, afirmou Riedel.
O evento contou com a presença de várias autoridades, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento). Lula, ao discursar, ressaltou a importância do desenvolvimento econômico: “As pessoas precisam ter acesso aos bens que são produzidos por elas mesmas. É a economia que vai fazer o Brasil dar certo. Quero que todos tenham o mínimo necessário. Vamos entregar as empresas em plena produção com investimentos concretos”. Já Beto Abreu, presidente da Suzano, destacou que a fábrica gerou 10 mil empregos durante sua construção, com 3 mil trabalhadores empregados atualmente.
