Mato Grosso do Sul deu um passo decisivo na estratégia de descarbonização e no fortalecimento da economia verde. A Resolução nº 20/2025 da Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD+), publicada nesta segunda-feira (17) no Diário Oficial da União, aprovou a elegibilidade do Estado para acessar e captar pagamentos por resultados de REDD+ no bioma Cerrado. Com isso, a Semadesc passa a ser responsável pela captação, certificação e comercialização dos créditos de carbono.
O reconhecimento confirma que o Estado atende aos critérios técnicos, jurídicos e de governança exigidos pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), abrindo caminho para receber recursos internacionais destinados à conservação florestal.
“Essa é a confirmação de que Mato Grosso do Sul consolidou um modelo de governança ambiental robusto, transparente e alinhado às melhores práticas internacionais. Essa elegibilidade mostra que o Estado está preparado para acessar mecanismos financeiros globais e transformar a conservação das nossas florestas em oportunidade real de desenvolvimento sustentável. É um passo histórico que fortalece nossa estratégia de descarbonização”, afirmou o secretário Jaime Verruck.
O secretário adjunto Artur Falcette destacou o potencial de créditos a partir do volume de emissões evitadas no Cerrado. “Estamos falando de um estoque relevante que agora poderá passar pelos processos de verificação, certificação e posterior comercialização. O próximo passo é justamente estruturar esse pipeline junto ao mercado, sempre com transparência e repartição de benefícios”, pontuou.
Edital será lançado em janeiro de 2026
Durante a COP 30, o governador Eduardo Riedel anunciou que, em janeiro de 2026, será lançado um edital de Chamamento Público de JREDD (REDD+ Jurisdicional). O objetivo é receber propostas para estruturação, desenvolvimento, monitoramento, verificação, certificação e comercialização de créditos de carbono no Cerrado. A publicação será feita pela Semadesc.
O Estado comprovou redução consistente das emissões por desmatamento e apresentou políticas públicas, sistemas de monitoramento e salvaguardas socioambientais consolidados. O território sul-mato-grossense possui 62,2% de Cerrado, 27,3% de Pantanal e 10,5% de Mata Atlântica, totalizando mais de 110 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa remanescente.
“Agora, com a elegibilidade reconhecida e o edital anunciado, Mato Grosso do Sul consolida sua transição para um modelo de desenvolvimento baseado em conservação, tecnologia e geração de valor ambiental, aproximando-se da meta de se tornar território carbono neutro até 2030”, finalizou Verruck.
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