O museu ficará abrigado no casarão Wanderley & Baís, em frente ao Rio Paraguai, o Muhpan contrasta artefatos pré-históricos com alta tecnologia e busca retratar a identidade pantaneira.
O edifício foi construído em 1876 no Casario do Porto, na época em que Corumbá era o terceiro mais importante porto fluvial da América Latina, e foi restaurado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional - Iphan, através do Projeto Monumenta. O elegante piso de ladrilhos hidráulicos tem mosaicos nas cores laranja, café, areia e preto, e suas janelas atraem os olhares para o Pantanal.
Com recursos cenográficos e tecnológicos, a história do Pantanal é contada de maneira lúdica, didática e interativa. O Muhpan convida o público a mergulhar na memória e no imaginário pantaneiro.
A viagem começa em um túnel de imersão, onde são projetadas imagens e trechos da poesia de Manoel de Barros em um corredor de espelhos. Seguindo pela sala Os Pantanais, o visitante encontra uma canoa Guató, uma forte referência ao assoreamento do Rio Taquari, e fotos e mapas que retratam as sub-regiões do Pantanal.
A visita segue pela pré-história no andar seguinte, onde fósseis e fragmentos arqueológicos retratam os primeiros vestígios humanos na região. Em ordem cronológica, o roteiro expõe a conquista espanhola, as missões jesuíticas e incursões bandeirantes. Passa pelas expedições científicas do início do século XX, pela Guerra do Paraguai, pela próspera Corumbá dos imigrantes, e termina no século XX da Ferrovia Noroeste, da pecuária e da mineração mato-grossense.
A idéia é superar a função de museu, visto como depósito de objetos, e transformá-lo em um local onde a população possa reconhecer as marcas de seu patrimônio, encontrar suas origens culturais e partilhar essa experiência com pessoas de outras regiões.
A Fundação Barbosa Rodrigues, instituição responsável pela realização do museu, e com 25 anos dedicados à memória, sempre atuou com foco na participação da comunidade. Com o Muhpan não será diferente. “Nossa vocação é democratizar o acesso à cultura, resgatar a cidadania e valorizar a história”, afirma Maria Verônica Sáfadi Nogueira, vice-presidente da instituição.
Segundo a coordenadora do Muhpan, Marta Barros dos Santos, os museus não são produtos estáticos, porque como a história, estão em constante construção. “Mais difícil que expor objetos, é expor os valores culturais de um povo”, diz. “O povo é o produtor da cultura. Não estamos aqui somente para contar a história, mas dialogar com a comunidade, e juntos fazermos a história”, ressalta Juliano Borges, coordenador de Ações Educativas.
A montagem do museu foi viabilizada por meio da lei Rounet, que concede benefícios fiscais a empresas que financiam atividades culturais. O trabalho é patrocinado pela Petrobras e pelo Grupo Votorantim, com supervisão do Iphan, e apoio da Prefeitura de Corumbá. (Com informações do Corumbá On-Line)
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