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Cotidiano Segunda-feira, 02 de Fevereiro de 2015, 11:03 - A | A

Segunda-feira, 02 de Fevereiro de 2015, 11h:03 - A | A

Vereadores prometem CPI do \"tapa buraco\" em início de trabalhos legislativos na Câmara

Taciane Peres e Kemila Pellin - Capital News

Iniciados os trabalhos na manhã desta segunda-feira (2) na câmara municipal de Campo Grande, os vereadores Carlão (PSB) e Paulo Pedra do (PDT) afirmaram que já estão em processo de formalização de uma abertura da CPI do tapa-buraco. O vereador Paulo Pedra confirmou que colhendo as assinaturas já pode abrir a CPI e investigar o caso que se tornou notícia nacional. “Como pode se gastar 16 milhões com obras de tapa buraco e a cidade continuar cheia de problemas no asfalto, isso precisa ser investigado”, cobra o vereador.

Já o vereador Carlão, cobrou a mudança na fiscalização dos serviços públicos na Capital. “Precisamos mudar o modo de fiscalizar esses serviços. Hoje é feito por tonelada e não pode ser assim.É igual moleque quando tem que entregar panfleto, ele pode colocar 50 em cada carro, temos que contratar fiscais para cuidar disso. É melhor aumentar 100, 200 mil a mais na folha do que perder milhões com irregularidades”, destaca o vereador do PSB.

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Diante da fraude nos serviços de tapa buracos mostrada em vídeo, a Prefeitura de Campo Grande resolveu notificar e suspender os serviços da Selco Engenharia Ltda até o completo esclarecimento da denúncia. O Secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Valtemir de Brito, anunciou também que o município vai aumentar a fiscalização em todas as frentes de serviços de tapa buracos para evitar a repetição deste crime contra o patrimônio público.

O Secretário reconheceu que o tapa buracos é um paliativo necessário para manter a trafegabilidade dos 2.100KM de vias pavimentadas da Capital. Ele também anunciou o aumento dos esforços e dos investimentos em recapeamento de ruas e avenidas e ressaltou que os preços praticados pelo tapa buracos em Campo Grande estão abaixo dos índices do SINAPI.

Confira a nota na íntegra

“Campo Grande tem hoje cerca de 2.100km de vias pavimentadas (18.900.000m² aproximadamente), uma boa parte sem rede de drenagem e com mais 20 anos de uso.

Os serviços de tapa buracos realizados pela Prefeitura Municipal de Campo Grande – MS, foram contratados mediante concorrência pública com fundamento nas normas legais (Lei Federal n. 8666/93 e Legislação Complementar)

Os preços praticados estão abaixo dos índices do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil) que prevê R$ 23,18 por m² e R$ 336,60 por tonelada de massa asfáltica (CBUQ). A Prefeitura pratica R$ 17,50 por m² e R$ 204,33 por tonelada/CBUQ.

Atualmente, sete empresas realizam serviços de tapa buracos distribuídas em dez regiões da cidade. O volume e o valor dos serviços variam conforme as condições da malha viária, alcançando, em média, 50.000m² por mês.

O controle das atividades é realizado mediante ordens de serviços e fiscalização do volume de CBUQ aplicado e amostragens in loco nas vias beneficiadas. Vale ressaltar que é responsabilidade da empresa registrar junto ao CREA o nome do engenheiro responsável técnico pela execução dos serviços e comunicar seu nome à SEINTRHA.

A prestadora de serviços Selco Engenharia Ltda, que atua na SEINTRHA desde 2010, foi notificada para esclarecer formalmente a fraude veiculada pela imprensa. – Enquanto isso seus serviços estão suspensos. Vamos esclarecer totalmente as denúncias e, se for o caso, exigir o ressarcimento à Prefeitura aplicando todas as penalidades legais cabíveis.

Diante do vídeo que demonstra a fraude, a fiscalização será mais rígida e presente em todas as frentes de serviços de tapa buraco, visando garantir a qualidade dos serviços.

A Prefeitura de Campo Grande reconhece que o serviço de tapa buracos é um paliativo, que ainda é necessário para a segurança do trânsito e para a proteção ao patrimônio público.

O município tem buscado recursos federais e internacionais, além de receita própria, para promover o recapeamento das principais vias de trânsito da capital. Pelo menos, 60km serão recapeados através do PAC mobilidade e mais 80km serão revestidos em 2015 com recursos de outras fontes.”

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