Integrantes do Movimento Sem-Terra (MST), de várias partes de Mato Grosso do Sul, acamparam nesta manhã (12) na sede da superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), localizada na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, e reivindicam nomeação de um novo representante do órgão. Estão no local aproximadamente 100 manifestantes e a coordenação aguarda mais 200 pessoas.
De acordo com o coordenador do MST no Estado, Tadeu Delgado, desde que superintendente interino do Incra assumiu o cargo no final do ano passado ele não resolveu os problemas dos sem-terra. Policiais Militares estão no local da manifestação.
No ano passado, o superintendente do Incra, Waldir Cipriano Rabelo, foi exonerado após ser preso em operação realizada pela Polícia Federal. Manuel Furtado Neves assumiu interinamente o cargo.
“Manuel é interventor. Ele não sabe da nossa realidade”, desabafa o coordenador regional do MST e completa dizendo que desde que começou a investigação tudo parou e que eles não têm culpa, já que estão sem assistência técnica, pagamentos de áreas, construção de casas para assentados e até alimentação para quem aguarda por um pedaço de terra.
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Foto: Deurico/Capital News
Ainda segundo Delgado, hoje Mato Grosso do Sul possui 1.500 famílias acampadas em todo o Estado. “Em Mato Grosso do Sul, 7 mil pessoas estão assentadas pelo MST”, afirma.
O MST realiza em abril, o movimento “Abril Vermelho”, em lembrança ao massacre de 19 sem-terra em 1996. Participam da manifestação integrantes do Movimento de Taquiraí, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Rio Brilhante, Terrenos, entre outros. Eles prometem ficar acampados até a próxima sexta-feira.
Valdirene de Oliveira, que faz parte da direção do MST em Mato Grosso do Sul está em Brasília para uma rodada de negociações.
