No mês de outubro completa um ano de contrato entre a prefeitura municipal de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo da Capital. As negociações que vão definir aumento, redução ou congelamento da tarifa devem começar em breve.
O vereador Eduardo Romero (PT do B), um dos fomentadores do debate sobre mobilidade na Câmara Municipal, lembrou dos manifestos que marcaram o país este ano. Na visão do vereador, a comunidade aparenta estar disposta a arcar com uma parcela do ônus tarifário, mas desde que seja para passageiros carentes. Por conta disto, uma das sugestões dos usuários é que somente estudantes comprovadamente carentes tenham 100% de gratuidade. Os demais poderiam pagar, por exemplo, 50% da tarifa como ocorre em Goiânia. Deficientes e idosos (garantidos constitucionalmente) permaneceriam com total gratuidade.
O vereador conversou com alguns usuários do transporte coletivo nas oportunidades que faz uso deste meio de transporte. Um dos questionamentos foi em relação ao pagante arcar com todas as gratuidades fato que causa descontentamento e alguns até classificaram de injusto.
No final de maio a presidente Dilma Roussef exonerou, por meio de Medida Provisória, os impostos PIS e Cofins que incidiam diretamente na planilha de custos do transporte coletivo em todo País. Depois a MP virou lei federal. Em Campo Grande a redução foi de R$ 0,10 e começou a valer somente em 1º de julho.
Audiência pública na Câmara Municipal abordou a tarifa zero, porém ressaltou que tem que ser levado em conta que o empresariado precisa manter sua frota, gastos com combustível, pneus, peças, funcionários, a estrutura ainda demanda muito de melhorias/investimentos e o Executivo também precisa manter suas receitas para não comprometer outras áreas.
"De imediato, isto seria muito bom do ponto de vista do pagante, mas a cidade precisa ser pensada como um todo. Também não adianta transporte grátis com qualidade pior. Não descartamos100% a ideia, mas isso demanda uma série de discussões, cálculos porque não vai adiantar comprometer outras áreas", destaca Eduardo Romero.