Os senadores Walter Pereira (PMDB) e a senadora Marisa Serrano (PSDB) comentaram esta manhã, no lançamento da Expogrande 2010, na Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), sobre o impasse gerado com a criação do novo programa de Direitos Humanos proposto pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva. Os senadores se mostraram favoráveis a criação de um novo programa, mas não no formato proposto. Para os senadores, o debate sobre o programa será intenso quando entrar em discussão em fevereiro.
Para a senadora Marisa Serrano, está clara a tentativa de tornar o país mais democrático, porém de forma “exacerbada”. “Essa é a terceira vez que discutem esse assunto, sendo a primeira e segunda, no governo FHC. A intenção é de deixar o país mais democrático, só que dessa vez exacerbaram, intranqüilizando a sociedade brasileira.” disse a senadora.
Marisa também comentou sobre a questão do aborto e liberdade de imprensa, temas tratados no programa Direitos Humanos. “Se vier, terá que passar pelo congresso e não pelo decreto presidencial.”afirmou. “A questão que restringe a liberdade de imprensa é extremamente prejudicial. O que mais me preocupa é querer tomar o lugar do judiciário e passar por cima das instituições e subestimar a justiça. Isso é preocupante e fere a democracia”
Já o senador Walter Pereira (PMDB) mostrou-se preocupado com os danos que o programa pode provocar na produção do país, principalmente em relação às novas propostas relacionadas aos conflitos agrícolas. “Parece que quando as coisas estão começando a se acalmar vem novos ingredientes que acabam apimentando. E a pretexto de tratar de uma história que precisa ser resgatada vem incluindo ingredientes que preocupam e precisam ser melhor debatidos e mudados.” disse o senador. “Hoje, já rompem os limites da lei. Se esses novos ingredientes forem colocados podem comprometer a produção do nosso país. Quero antecipar que na primeira reunião da comissão da agricultura do senado já vamos ter essas discussão. A proposta atual vem trazer a viés estranho e prejudicial à produção brasileira.” disse Walter.
Por: Jefferson Gonçalves e Marcelo Eduardo - (www.capitalnews.com.br)
