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Saúde e Bem Estar Quarta-feira, 11 de Junho de 2025, 16:55 - A | A

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Saúde

SES reforça importância da vacinação contra coqueluche entre gestantes

Mato Grosso do Sul já registra um óbito em 2025 e alerta segue recomendação da Opas diante do avanço da doença nas Américas

Elaine Oliveira
Capital News

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) emitiu um alerta sobre a importância da vacinação contra a coqueluche, especialmente entre gestantes, diante do aumento de casos da doença no Brasil e em países da América Latina. O imunizante está disponível gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e é considerado a principal forma de prevenção.

Em 2025, o estado já contabiliza 40 casos confirmados da doença e um óbito, registrado em um bebê de apenas um mês de vida cuja mãe não foi imunizada com a vacina dTpa durante a gestação. Outros sete casos seguem em investigação. Em todo o ano de 2024, foram registrados 24 casos no estado, sem nenhuma morte.

“O aumento de casos é um sinal de alerta, especialmente porque a coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa e potencialmente grave, sobretudo para bebês”, afirma Jakeline Miranda Fonseca, gerente de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES. “A vacinação segue o calendário do SUS: crianças devem receber a vacina Pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforços da DTP aos 15 meses e 4 anos. Gestantes devem ser imunizadas com a dTpa a partir da 20ª semana de cada gestação”, reforça.

Apesar dos desafios, Mato Grosso do Sul possui altas taxas de cobertura vacinal: 99,82% para a Pentavalente, 99,85% para a DTP e 92,40% para a dTpa adulto. Para manter esses índices e garantir maior proteção da população, a SES também promove capacitações contínuas com os coordenadores municipais de vigilância epidemiológica e imunização, além de investir na detecção precoce de casos suspeitos.

O alerta emitido pela SES está alinhado às recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que identificou aumento significativo de casos na América Latina em 2025, com destaque para Colômbia, Equador, México e Paraguai. Segundo o órgão, 95% das mortes por coqueluche no Brasil em 2024 ocorreram em crianças com menos de 1 ano, sendo que 82% das mães não estavam vacinadas.

A SES recomenda ainda a quimioprofilaxia dos contatos próximos e o monitoramento por até 42 dias, período de incubação da doença. Também orienta o isolamento dos casos suspeitos e o início imediato do tratamento como medidas fundamentais para evitar novas transmissões.

A secretaria reforça que a divulgação de informações à população e aos profissionais de saúde é essencial para aumentar a conscientização sobre a gravidade da coqueluche e a eficácia da imunização.

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