Com mais de 6.600 casos registrados em 2024, Mato Grosso do Sul enfrenta uma onda crescente de acidentes com escorpiões, especialmente em Campo Grande. Moradores relatam aumento da presença dos animais peçonhentos em áreas residenciais, como varandas, cozinhas e até vasos sanitários. A situação tem gerado preocupação e cobrança por parte da população para que a prefeitura intensifique as ações de controle.
Relatos como o de David Silva, do bairro Guanandi II, e Thiago Magalhães, da Vila Almeida, evidenciam que mesmo com cuidados como vedação de ralos e limpeza constante, os escorpiões continuam aparecendo. Em ambos os casos, os moradores associam o aumento dos aracnídeos à falta de cuidados em terrenos vizinhos e à ligação da rede de esgoto, respectivamente.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, somente entre janeiro e maio deste ano, foram feitas 1.210 solicitações de vistoria por escorpiões em Campo Grande, um aumento de 26% em relação ao mesmo período de 2024. As regiões com maior número de ocorrências continuam sendo Anhanduizinho e Lagoa. As espécies mais encontradas são o Tityus confluens e o perigoso Tityus serrulatus, conhecido como escorpião-amarelo.
A prefeitura atua por meio do Serviço de Controle de Roedores e Animais Peçonhentos (SCRAPS), que oferece vistorias e orientações. A concessionária Águas Guariroba reforça que o controle é uma responsabilidade compartilhada, e recomenda ações preventivas como instalação de telas e manutenção de caixas de gordura. Para atendimento, os canais são (67) 2020-1796 e 3313-5000.