Técnicos da prefeitura de Campo Grande e da Caixa Econômica, o prefeito Alcides Bernal, o secretário municipal de infraestrutura, transporte e habitação, Semy Ferraz, tiveram uma reunião, na manhã desta sexta-feira (26), com a comissão do Ministério das Cidades encarregada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os técnicos do governo federal questionaram o andamento do projeto para aplicação de R$ 180 milhões, a serem investidos na mobilidade urbana da Capital.
O prefeito Alcides Bernal explicou que, na reunião, os técnicos quiseram avaliar prazos e etapas do projeto. Na próxima semana deverá ser aberta licitação para contratação dos projetos básicos, por meio de tomada de preços, processo que deve durar cerca de 15 dias. Ainda de acordo com Bernal, em outubro ou novembro já deve ser licitada a execução dos projetos.
O secretário, os projetos deverão contemplar três principais corredores exclusivos para o transporte coletivo: norte, sul e sudoeste.
O primeiro será na rua 13 de Maio, até a Costa e Silva, chegando a Gury Marques, até o terminal Guaicurus. No sentido oposto, levará da Gury Marques até a Costa e Silva e da Rui Barbosa até o Centro.
O segundo liga a Brilhante até a Marechal Deodoro, Gunter Hans, até o terminal Aero Rancho. No sentido oposto, o corredor ligará a Gunter Hans a Bandeirantes, que levará até o Centro.
O terceiro corredor liga a Bahia a Coronel Antonino, Cônsul Assf Trad, até o terminal Nova Bahia. No sentido contrário, haverá corredores ligando a Cônsul Assaf Trad a Alegrete e a Alegrete até o Centro, na rua 13 de Maio.

O prefeito disse que na próxima semana será publicada a licitação para a tomada de preços dos projetos básicos
Foto: Deurico/Arquivo CapitalNews
Afonso Pena
O projeto inicial prevê ainda um corredor na avenida Afonso Pena. A ideia era de que os coletivos circulassem por dentro do canteiro central, mas a iminência do tombamento do canteiro torna a opção incógnita.
De acordo com Semy, no caso do tombamento, o corredor pode ser transferido para uma pista à direita da via, ou ainda ser postergado. O secretário revela que não haveria necessidade de um corredor, podendo apenas manter a linha de ônibus que já existe. Outro questionamento é com relação às árvores centenárias, em virtude da altura dos veículos especiais.
Conforme o secretário, existem três opções além da exclusão do corredor da Afonso Pena. Seriam: 15 de Novembro, Barão do Rio Branco e Mato Grosso.
A primeira opção esbarraria na largura da via. “Seria necessário eliminar os estacionamentos, o que geraria um conflito”, previu.
Na Barão do Rio Branco, seriam necessárias algumas desapropriações, o que, segundo Semy, atrasa o processo.
Na Mato Grosso não haveria grandes transtornos para instalação, mas Semy pontua a distância do Centro.
O secretário confessa que, como cidadão, é contra a remoção da ciclovia e do paisagismo do canteiro, mas disse que algumas adequações são necessárias para reparar erros técnicos.
Contudo, Semy informa que o tombamento não foi realizado, motivo pelo qual optaram por tocar o projeto, a fim de não perder prazos e dar celeridade nos outros trâmites da aplicação dos recursos.

Semy ainda estuda uma alternativa para o corredor previsto para a Afonso Pena, no caso de tombamento do canteiro central
Foto: Deurico/Arquivo CapitalNews
Mobilidade
O projeto para as obras do PAC Mobilidade Urbana na Capital está orçado em R$ 179 milhões, sendo R$120 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal e R$ 59 milhões do governo federal.
O projeto prevê vias exclusivas para o transporte coletivo, sinalização horizontal e vertical, e a construção de quatro novos terminais de ônibus, no bairro Parati, que será erguido na rua da Divisão, esquina com a Raquel de Queiroz, o do bairro São Francisco, na avenida Euler de Azevedo, próximo a rua Cotagipe, o do bairro Tiradentes, que será construído na avenida Joaquim Murtinho esquina com a rua Aratu e o do Jardim Centro-Oeste, na avenida dos Cafezais. Também há previsão de reforma e ampliação dos terminais de transbordo já existentes.