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Cotidiano Sexta-feira, 03 de Julho de 2015, 12:55 - A | A

Sexta-feira, 03 de Julho de 2015, 12h:55 - A | A

DUPLICAÇÃO BR163

Obras da BR-163 ficam paralisadas a pedido de Olarte

Prefeito garantiu que não vai liberar as obras de duplicação até o fim das discussões sobre as alterações do projeto; nova reunião foi marcada para dia 8

Melissa Schmidt
Capital News

Deurico/Capital News

Olarte pede que obras da BR163 fiquem paradas

 No trecho entre saída de Cuiabá (MT) e São Paulo (SP) (já próximo da Agrárias) estavam sendo instalados guard-rails de proteção

O prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP) pediu aos representantes da CCR MSVia que as obras no trecho da BR163, próximo da Uniderp Agrárias, fossem interrompidas. Segundo representantes da concessionária, essas obras ainda não são referentes a duplicação da BR163, mas apenas a instalação de guard-rails em alguns pontos para reforçar a segurança no local. O impasse sobre a duplicação da BR163 ainda segue até a próxima semana, quando haverá nova reunião em Brasília (DF).


Nesta quinta-feira (2), o prefeito da capital, vereadores e empresários estiveram em Brasília para pedir alterações no projeto da duplicação da BR-163, e uma nova reunião foi marcada para a quarta-feira (8), com os diretores da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
O município pede que haja alteração no projeto original, incluindo 10 pontos de intervenções no perímetro urbano de Campo Grande e dois externos (Anhanduí, MS-040), na rodovia, como viadutos e passarelas.

 

Deurico/Capital News

Olarte pede que obras da BR163 fiquem paradas

Claudeir Mata, representante da concessionária, diz que empresa deve aguardar posição da reunião da semana que vem

Segundo Claudeir Mata, representante da concessionária, a empresa vai atender ao pedido do prefeito e aguardar o desenrolar da reunião da semana que vem. “Quero reforçar que esta obra aqui não é de duplicação, apenas a instalação dos guard-rails para dar mais segurança, e ela foi aprovada pela Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação). Nós não vamos fechar nenhum acesso e vamos aguardar até a próxima semana”.


A BR-163, que corta Mato Grosso do Sul de sul a norte, foi privatizada em 2014, sendo concedida por 25 anos à CCR MSVia. Conforme a fonte oficial, a Prefeitura só concederá a GDU (Guia de Diretrizes Urbanísticas) à obra se as mudanças propostas pelo Município forem contempladas.

duplicacao br163

 Empresário Noli Alécio, representa comerciantes da região e também medem mudanças

Empresários que possuem negócios no trecho da BR163, entre a saída de Três Lagoas e sentido Shopping Bosque dos Ipês, também pedem mudanças no projeto. Para Noli Alécio, que possui uma empresa de engenharia no trecho, seriam necessárias mais passarelas para que as pessoas possam atravessar a via. “No projeto original só há 3 viadutos, nenhum mergulhão e uma passarela. É preciso ter várias passarelas, as pessoas não podem sair aqui da saída para três Lagoas e ir até o shopping Bosque dos Ipês para fazer o retorno. Nem de carro, nem a pé”.


Quanto as desapropriações, o empresário enfatiza. “Nós não queremos que haja desapropriação. Nós investimos aqui e teríamos que mudar o nosso negócio, e isso nós não aceitamos. Há uma estimativa que, se tiver que desapropriar 20 metros de cada lado, o valor ficaria em torno de R$ 350 milhões. E quem vai acabar pagando isso? É o povo”. O empresário também faz parte do grupo que esteve em Brasília nesta quinta-feira pedindo as alterações.


De acordo com o chefe da Seintrha, Valtemir de Brito, as desapropriações mais as obras de pavimentação no entorno do trecho podem custar até R$ 1 bilhão aos cofres públicos e a prefeitura não quer pagar esta conta.

 

Deurico/Capital NewsOlarte pede que obras da BR163 fiquem paradas

 Prefeito afirma que só haverá licença após discussão e melhorias no projeto

Segundo Olarte, a prefeitura somente emitirá a GDU (Guia de Diretrizes Urbanísticas) depois da discussão sobre as alterações pedidas. “A hora que tivermos o projeto de execução completo e que contemple todas as necessidades da região, então nós podemos fornecer as licenças necessárias que permitem as intervenções no local.”

 

Quanto ao impacto financeiro o prefeito disse “Há uma estimativa de que deve haver um impacto de R$ 350 milhões- entre desapropriações e a construção de retornos e vias- tudo que é necessário para ligar os dois lados da rodovia. Mas, pela conversa que tivemos em Brasília, o próprio  Edson Giroto (secretário-executivo do Ministério dos Transportes) acredita em um valor bem maior.



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