O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vai apresentar na próxima reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador(Codefat) pedido para que seja ampliada em dois meses a concessão do seguro-desemprego aos mais de 9,5 mil demitidos dos frigoríficos e abatedouros de Mato Grosso do Sul. a sugestão partiu do deputado federal Dagoberto (PDT/MS).
O pleito será encaminhado pelo ministro-interino, André Figueiredo, ao Codefat, na reunião do colegiado prevista para a primeira quinzena de maio. O compromisso foi assumido no início da noite de ontem (31/03), em Brasília.
Na reunião estavam o vereador do município de Anastácio, Paulo Severino; Valdevino de Deus Costa, presidente do Sindicato dos Frigoríficos de Carnes de Aquidauana; Reinaldo Souza Salomão, presidente do Sindicato de Carne e Alimentação de Campo Grande; e Antonio Sérgio dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Nova Andradina.
No encontro, Reinaldo afirmou que a proposta é buscar uma alternativa para os trabalhadores até que o setor retome suas atividades. “Estamos desesperados mesmos. Um exemplo é o município de Nova Andradina, que não tem outro trabalho para os 1.450 demitidos pelo Frigorífico Independência”, reforçou o sindicalista. Pelo levantamento que mostrou ao ministro, os frigoríficos de carne bovina empregavam 14.769 pessoas, sendo que demitiram, até o mês passado, 4.660 trabalhadores, número que sobe para 9,5 mil se for considerado os abatedouros de frangos, suínos, cabras e frigoríficos de peixe. Estes, no total, empregavam 23.699 pessoas. “Hoje, são 9,5 mil demitidos”, enfatizou Reinaldo na reunião com o ministro interino.
O deputado Dagoberto solicitou ao ministro a concessão de mais duas parcelas do seguro-desemprego para os demitidos, como foi concedido no mês passado para 107 mil trabalhadores em todo o país. “Precisamos que o trabalhador receba mais duas parcelas do benefício para que a economia destas localidades não entrem em colapso”, afirmou Dagoberto.
Figueiredo reforçou que vai estudar o pleito e na próxima reunião do Codefat (que ocorrerá em maio) vai solicitar a concessão. “Não podemos afirmar que será concedido porque a decisão depende do Conselho, mas o ministério vai encaminhar a proposta”, disse Figueiredo.
(Assessoria MTE/MS)