O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul entrou com ação na Justiça, para que a cobrança dos ingressos para a Expogrande 2010 seja suspensa. Segundo o MPF, o evento é custeado grande parte por verbas federais, oriundas do Ministério do Turismo (MTUr).
A feira agropecuária Internacional recebeu um milhão e dez mil reais do MTUr em convênio, e, de acordo com o MPF, os shows musicais com artistas que chegam a custar R$ 600 mil, além de segurança, iluminação, limpeza, locação das tendas, estão entre os itens presentes no Plano de Trabalho do Ministério do Turismo.
O MPF entende que, o dinheiro enviado à Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) não deveria ser utilizado para obtenção de lucro. De acordo com nota divulgada pela instituição, “é notória a abusividade no ato de cobrança dos ingressos em um evento cultural no qual os cofre públicos federais, e portanto a população, aportou mais de R$ 1 milhão”.
A ação originou de representação foi feita por estudantes da faculdade Estácio de Sá na sexta-feira (19), que relataram ao MPF que o evento tinha recebido verbas federais, e que no local havia banner publicitários confirmando a publicidade.
O pedido de suspensão da cobrança foi feito à Justiça Federal no sábado (20), mas foi indeferido. No domingo, foi encaminhado recurso ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), mas ainda aguarda julgamento.
Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)