Em 2025, o número de focos de incêndio em Mato Grosso do Sul já é 60% maior do que no mesmo período de 2024. De janeiro a julho, o Corpo de Bombeiros registrou 1.341 ocorrências de queimadas em vegetação, contra 845 focos entre janeiro e agosto do ano anterior. Julho foi o mês mais crítico, com 437 registros – 188 deles apenas em Campo Grande.
Com a escalada precoce dos incêndios neste ano, a campanha “Agosto Cinza” ganha ainda mais importância. Prevista pela Lei Estadual 5.431/2019, a iniciativa promove ações de educação ambiental e mobilização comunitária em todo o Estado, reforçando a prevenção tanto nas zonas urbanas quanto nas rurais. “Agosto Cinza não é apenas um mês no calendário — é um lembrete de que prevenir é sempre menos doloroso do que reconstruir”, reforça o CBMMS.
A tenente-coronel Tatiane de Oliveira, do Corpo de Bombeiros Militar de MS, alerta que a maior parte dos incêndios tem origem humana. “O fogo ainda é usado culturalmente para limpeza de terrenos, mas isso gera riscos graves e até perda de vidas”, destacou. Segundo ela, 99% das ocorrências não têm relação com causas naturais.
A Operação Pantanal, realizada em 2024, mobilizou 141 bombeiros por 155 dias, com apoio de aeronaves, embarcações e viaturas. Para este ano, o Estado já formou 717 brigadistas florestais com recursos do Programa PSA Brigadas, que prevê R$ 14 milhões até 2026. “É possível manejar o fogo com segurança, em vez de combatê-lo apenas quando já virou desastre”, afirma o professor Geraldo Damasceno, do PELD/UFMS.
A população tem papel essencial na prevenção: denúncias de queimadas podem ser feitas pelo 193 (Corpo de Bombeiros) ou pelo (67) 3325-2567 (Decat). Medidas simples, como apagar bitucas de cigarro ou evitar queimadas em terrenos, são fundamentais para proteger vidas e o meio ambiente.
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