A comitiva pantaneira é uma tradição de Mato Grosso do Sul, que consiste na movimentação do gado pelo Pantanal. Os peões e cozinheiros, durante essa jornada preparam refeições fartas e saborosas, utilizando ingredientes locais e técnicas culinárias tradicionais. Essa culinária típica, conhecida como comida de comitiva, se tornou um patrimônio cultural da região.
A empresária Cristina Moreira Bastos, teve a ideia de criar a “Pantanal in Box”, uma empresa sediada na Pousada Pioneiro, em Miranda, que oferece refeições típicas da culinária pantaneira congelada em potes que ficam prontos em poucos minutos.
Após perceber a demanda dos turistas, durante um evento cultural, Cristina teve a ideia de criar a Pantanal in Box. “A Noite Pantaneira" é um sucesso ao mostrar a cultura e tradição do homem pantaneiro. E foi a partir dessa experiência que surgiu a ideia, pois muitos turistas nos perguntavam como poderiam ter o gostinho da nossa comida em suas casas”, detalhou.
Ela ainda destacou que é possível encontrar o prato no cardápio durante todo o dia. “As pessoas podem passar aqui a qualquer hora do dia e encontrar o Macarrão de Comitiva no cardápio”, disse a empresária.
Desafios na criação do produto
Um dos desafios enfrentados pela empresária Cristina Moreira foi encontrar a embalagem ideal para o produto Pantanal In Box, que deveria oferecer praticidade e, ao mesmo tempo, ser capaz de transmitir o gostinho de “saudades do Pantanal”. Cristina explicou que a empresa recebeu embalagens de vários lugares do Brasil, até que escolheu uma opção prática para os clientes, que pudesse ser consumida a qualquer hora e lugar.
Durante o processo de criação, o Sebrae também desempenhou um papel fundamental, ajudando no desenvolvimento do design da embalagem e da cinta do produto, conforme relatou a empresária. Além disso, o Sebrae está auxiliando a empresa com o shelf life do produto, ou seja, o tempo de prateleira. Neste processo, há a expectativa de testar um prazo maior de validade, o que é fundamental para a empresa. “O Sebrae nos ajudou muito nessa parte, conseguiram desenvolver a cinta do produto e nos deram bastante suporte”, destacou Cristina.
A consultora do Sebrae/MS, Meiryélle Deboleto, que acompanhou a empresária nesta jornada, explica que o processo de desenvolvimento do produto durou cerca de seis meses e que a ideia era criar algo com a pegada do Pantanal e utilizando ingredientes naturais. “Como nutricionista, a minha preocupação era trabalhar com ingredientes extremamente naturais, uma vez que a tradição do homem pantaneiro é utilizar elementos naturais. Foram realizados testes com diferentes tipos de embalagem até chegar ao pote atual, que pode ser aquecido no micro-ondas, forno ou panela”, disse Meiryélle.