Após ser transferida do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, para o Instituto Ampara Animal, em São Paulo, a onça-pintada que matou um caseiro no Pantanal recebeu um novo nome: Irapuã. O animal foi capturado dias após o ataque e passou por um período de cuidados antes de ser encaminhado para o novo lar, onde viverá sob monitoramento constante.
Segundo a veterinária Aline Duarte, gestora do Hospital Veterinário Ayty e coordenadora do Cras, o macho da espécie chegou pesando 94 quilos e ganhou 13 quilos durante as três semanas de tratamento. "Os primeiros exames deram algumas alterações que eram agudas, mas que ao longo do período foi se tornando estável", explicou.
Ainda de acordo com Aline, a recuperação envolveu exames, suporte nutricional e hidratação. "O animal ganhou bastante peso, de forma geral evoluiu bem, chegou aqui com 94 quilos e está saindo com 107, devido a uma rotina de alimentação", acrescentou. A onça não pode ser devolvida à natureza por estar adaptada à presença humana.
O Instituto Ampara Animal abriga outras oito onças, entre pardas e pintadas, além de diversos animais silvestres que não têm mais condições de retornar ao ambiente natural. O local oferece espaços amplos, de até seis mil metros quadrados, cercados e com mata nativa.
O veterinário Jorge Salomão, responsável técnico do instituto, ressaltou que o espaço não é aberto ao público. "São o mais próximo possível do que o animal iria encontrar em vida livre. Recebemos animais que não podem voltar para a vida livre, por diversos motivos, cada um com o seu motivo específico", explicou.
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