Em menos de três meses, oito pessoas morreram afogadas no Rio Aquidauana, que corta os municípios de Rochedo, Terenos e Aquidauana, em Mato Grosso do Sul. O último caso ocorreu no fim de semana, quando o paulista Marcos Rosa Tolentino, 56 anos, desapareceu após o barco em que estava virar. Seu corpo foi encontrado nesta segunda-feira (9), após quase três dias de buscas.
Marcos estava com outras duas pessoas perto da Cachoeira do Campo, em Aquidauana, quando o acidente aconteceu no sábado (7), por volta das 15h30. O piloto e o filho da vítima conseguiram sair da água, mas Marcos, que estava tirando fotos, foi puxado pela correnteza e afundou. A família estava visitando a região. O filho relatou que o pai caiu em um poço profundo do rio e não conseguiu voltar à superfície.
O tenente do Corpo de Bombeiros, Paulo Lima, explicou que o desgaste físico é a principal causa dos afogamentos. Os meses com mais ocorrências em 2024 foram outubro, novembro e fevereiro. A maioria das vítimas são jovens entre 16 e 20 anos ou pessoas com mais de 66 anos. Muitos afogamentos acontecem em balneários, rios e piscinas, sendo que as vítimas em rios, frequentemente, não sabem nadar ou ingerem álcool antes de entrar na água.
Em outubro, outros três afogamentos ocorreram no Rio Aquidauana. No dia 1º, um piloto de 45 anos morreu ao cair no rio após se desequilibrar ao parar o barco. No dia 6, a jovem Adria de Souza Santana, 26 anos, se afogou enquanto tentava salvar seu filho e morreu no hospital. No dia 15, o pescador Valdemir do Carmo Américo, 63 anos, morreu após sua embarcação virar.
Em novembro, outros dois casos ocorreram. No dia 24, Maikon Felipe Torqueti Lopes, 24 anos, se afogou em Rochedo enquanto estava com amigos. No início de dezembro, Adhan Wender da Silva Oliveira, 28 anos, desapareceu no rio e seu corpo foi encontrado a 600 metros do local onde ele se afogou.
O último afogamento foi o de Kenedy, 19 anos, que morreu após se afogar no Rio Aquidauana em Terenos, no dia 5 de dezembro. A vítima estava com dois amigos tentando atravessar a cachoeira nadando, quando teve dificuldades e desapareceu na água. O Corpo de Bombeiros iniciou as buscas no dia seguinte, mas não conseguiu localizar o corpo durante a noite devido à correnteza forte.
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