Mato Grosso do Sul encerra 2025 com redução da gravidez na adolescência, enquanto o Brasil registrou aumento no mesmo período. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) mostram que o índice caiu de 14,92% em 2022 para 12,65% em 2025, consolidando uma tendência de queda mantida há uma década no Estado.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) atribui o resultado à ampliação do acesso a métodos contraceptivos de longa duração, como DIU e implantes, aliados a ações educativas e à qualificação das equipes de saúde. Segundo a coordenadora de Saúde da Mulher da SES, Andriely Gomes, o acesso gratuito faz diferença. “Quando a adolescente tem informação e método seguro disponível, ela consegue evitar uma gravidez não planejada”, afirmou.
Em 2025, o Estado intensificou a capacitação de profissionais com oficinas presenciais em Campo Grande, Nova Andradina e Costa Rica, além de ações educativas em todos os municípios. As iniciativas incluem o projeto “Educar para Transformar” e atividades voltadas à saúde sexual e reprodutiva, com foco no acolhimento e na orientação sem julgamentos. “A informação correta muda trajetórias”, destacou Andriely.
A queda é confirmada pela série histórica: entre 2015 e 2025, os nascidos vivos de mães entre 15 e 19 anos passaram de 8.315 para 2.861. Entre menores de 15 anos, o número caiu de 514 para 171. Para a SES, o desafio agora é manter e ampliar as ações. “Cada redução representa mais oportunidades de estudo, escolhas e futuro para essas meninas”, concluiu a coordenadora.
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