A Arquidiocese de Campo Grande iniciou, neste domingo (29), as celebrações do Jubileu da Esperança, evento que marcará o ano de 2025 na Igreja Católica. O ponto de partida foi na Igreja Matriz da Paróquia São José, seguido de uma peregrinação até a Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio de Pádua, onde foi celebrada a Santa Missa, presidida por Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande. O tema central do jubileu é “Peregrinos da Esperança”.
Dom Dimas ressaltou que a esperança cristã não é passiva, mas uma expectativa ativa e confiante de que o Senhor realizará Sua obra. Ele enfatizou a importância da caminhada do povo de Deus, que, assim como uma procissão, é uma manifestação pública de fé. Para ele, a Igreja é o povo de Deus em movimento, caminhando com Cristo, Maria e os santos anjos, com a certeza de que não temos uma morada permanente neste mundo.
O Jubileu tem origens bíblicas, remontando a cerca de 700 anos antes de Cristo. Segundo o padre Paulo Roberto, pároco da Paróquia São José, essa celebração acontecia a cada 50 anos, marcada por perdão, restauração e libertação. Hoje, a Igreja mantém a tradição, oferecendo um tempo de graças especiais, indulgências e purificação. Desde o século XIV, os jubileus são celebrados a cada 25 anos, permitindo que cada geração vivencie essa experiência de graça.
Em 2025, o Papa Francisco proclamou o Ano Jubilar com o tema da esperança, convidando todos a buscar Jesus Cristo como fonte de paz e redenção. A programação das celebrações começou com os ritos de introdução na Paróquia São José e uma peregrinação pelas principais ruas de Campo Grande até a Catedral. O padre Cleber Brugnago Rosa ressaltou a missão de levar esperança ao mundo, proclamando a presença de Cristo entre nós há 2025 anos.
O Jubileu também é visto como uma oportunidade para resgatar os valores da fraternidade e solidariedade nas comunidades. O padre José Carlos, vigário da Catedral, destacou que o jubileu é uma chance de vivenciar a misericórdia de Deus de forma concreta, fortalecendo os laços entre os fiéis.
Fiéis de diversas paróquias participaram ativamente do evento, compartilhando suas motivações. Sandra de Almeida Borges de Souza, técnica de faturamento, afirmou que o jubileu é uma oportunidade de buscar santidade e viver mais perto de Jesus. Miriam Matos, comerciante, destacou a importância de vivenciar o jubileu em família, reforçando os laços com Deus e entre as pessoas.
Sérgio Siqueira, motorista, participou do evento como um sacrifício pela fé, acreditando na força transformadora da Igreja. A professora aposentada Ana Cláudia Ribeiro sentiu-se chamada a participar, vendo a caminhada como um símbolo de união na busca pela graça e paz de Deus. Jovens, como o universitário João Batista Ferreira, também marcaram presença, lembrando a importância de equilibrar fé e rotina.
Dom Dimas também ressaltou os sete sinais que guiarão o Ano Jubilar: peregrinação, porta santa, reconciliação, oração, liturgia, profissão de fé e indulgência. Esses sinais representam um convite à conversão e à renovação espiritual, lembrando que a Igreja é chamada a ser peregrina da esperança, mesmo nas periferias existenciais. O Jubileu da Esperança seguirá com atividades ao longo de 2025, envolvendo todas as paróquias e capelas da Arquidiocese.
A próxima data significativa será o Jubileu dos Enfermos, no dia 11 de fevereiro. O Jubileu da Esperança será encerrado em janeiro de 2026, no Vaticano, com o fechamento da Porta Santa na Basílica de São Pedro.