Os 15 empresários que integram a missão da Fiems à Europa conheceram nesta segunda-feira (28/09), no ITC (Instituto de Tecnologia Cerâmica) de Castellón, na Espanha, as novas tecnologias e as aplicações da cerâmica que poderão ser reproduzidas no pólo de Rio Verde de Mato Grosso. A intenção do grupo, que é liderado pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, é buscar, no velho continente, as informações necessárias para criar em Mato Grosso do Sul um novo pólo industrial cerâmico da Região Centro-Oeste do Brasil.
Para o prefeito de Rio Verde, Willian de Souza Brito, a visita ao ITC foi extremamente positiva para os empresários do setor cerâmico do Estado e, principalmente, para os que residem no município. “A economia de Rio Verde está baseada na cerâmica e conhecer as últimas tecnologias de ponta deve contribuir para que as empresas cerâmicas da cidade possam melhorar a qualidade da produção, além de reduzir os seus custos”, disse, acrescentando que os empresários conheceram ainda a tecnologia da “cerâmica verde”, que permite a reciclagem da matéria-prima.
O empresário Natel Henrique Farias, proprietário da Ceramitelha Indústria e Comércio e presidente do APL Terra Cozida do Pantanal de Rio Verde de Mato Grosso, reforçou que a primeira impressão durante a visita ao ITC é de que o setor sul-mato-grossense está no caminho certo. “Não estamos tão diferente assim dos espanhóis na questão de organização, precisamos apenas absorve a tecnologia deles para que possamos aprimorar o nosso conhecimento e oferecer ao nosso consumidor um material de qualidade”, declarou.
Segundo o empresário Luís Cláudio Sabedotti Fornari, proprietário da Cerâmica Fornari de Rio Verde e presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/MS, a busca pelo desenvolvimento técnico é extremamente importante para o setor no Estado. “As empresas cerâmicas de Mato Grosso do Sul têm como filosofia o desenvolvimento tecnológico avançado de tudo o que produz e, criando essa vocação, nós vamos crescer”, ressaltou, prevendo que o Centro de Apoio Técnico e Tecnológico do Senai de Rio Verde, que hoje já é uma referência nacional, poderá passar à frente dos demais centros do País.
Na avaliação do presidente Sérgio Longen, após a consolidação dos setores sucroenergético, silvipastoril e têxtil, entre outros, chegou a hora da cerâmica também ser uma atividade econômica forte, pois a região norte do Estado tem um potencial muito grande graças à reserva de argila localizada no subsolo do município de Rio Verde. “Mato Grosso do Sul tem um mercado promissor para o setor cerâmico com a proximidade do Paraguai e da Bolívia, além de oferecer uma política fiscal adequada e a infra-estrutura disponibilizada pelo Sistema Fiems, por meio do Senai de Rio Verde”, analisou.