Diante do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças, causado principalmente pelo vírus Influenza A, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência nas escolas. A decisão, anunciada pelo secretário Hélio Daher, determina medidas preventivas obrigatórias como distanciamento social, ventilação adequada das salas de aula e uso de máscaras por pessoas com sintomas respiratórios. “Queremos proteger nossas crianças e evitar que o cenário se agrave ainda mais”, declarou o secretário.
A medida segue diretrizes semelhantes às adotadas na pandemia de Covid-19 e leva em consideração decretos de outras esferas, como o da Prefeitura de Campo Grande, que também declarou emergência por 90 dias. Outro fator que pesou na decisão foi a escassez de leitos públicos, o que limita a capacidade de atendimento médico diante do avanço das doenças respiratórias. A orientação é que todas as escolas da rede pública estadual sigam as novas determinações imediatamente.
As recomendações incluem vacinação, higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel, uso de máscara por sintomáticos, evitar contato físico, ambientes fechados e aglomerações. Também está prevista a desinfecção frequente de espaços e o isolamento de pessoas com síndrome gripal. “Quem apresentar sintomas deve evitar contato social e buscar atendimento médico o quanto antes”, reforçou a secretaria.
Campo Grande registrou, até o fim de abril, 884 casos de SRAG e 59 mortes. Em todo o estado, já são 1.940 hospitalizações por doenças respiratórias em 2024, uma média de 18 internações por dia. Segundo os dados das secretarias de Saúde, as crianças menores de um ano são as mais atingidas. Os principais vírus detectados foram Influenza A H1N1, Rinovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), este último responsável por quadros mais graves em bebês com menos de seis meses.