O setor empresarial do transporte e a prefeitura de Campo Grande colocam em pratica a chamada PPP (Parceria Público Privada) em empreendimento lançado na manhã desta quinta-feira (29) com a construção da “Cidade dos Ônibus”, no Polo Empresarial Sul - “Wilmar Lewandowsk”, que fica no anel rodoviário, saída para São Paulo. O projeto irá retirar do centro da Capital ao menos 1,2 mil ônibus e suas atividades, em circulação, ocupação em diversas garagens espalhadas pela cidade - que em muitos casos atrapalha moradores que ficam ao lado - e impede o trânsito do local. Ação foi considerada visionária, um sonho realizado e pensando ou preparando a Capital para até o próximo século, apontaram o prefeito Nelsinho Trad e o governador André Puccinelli, que ao lado dos empresários lançaram a obra.
A área foi doada pela Prefeitura de Campo Grande, por meio de incentivos fiscais previstos pelo Programa de Desenvolvimento Econômico e Social (Prodes). A previsão para funcionamento do empreendimento é de nove meses e deverá congregar um condomínio com área administrativa, garagens de todas as concessionárias que atuam na cidade, central única para abastecimento de combustível, lava-jato, refeitório, dormitório, creche, posto bancário, estacionamento para 150 veículos e uma unidade do Sest/Senat.
“Vamos realizar um sonho e tornar cada vez mais realidade este projeto de melhoria do trânsito da Capital, como o pólo empresarial Sul, que nós era cobrado, pois a região tem a maior densidade populacional e não ativávamos o pólo desta região, como fizemos bem os do Norte, Oeste e Leste, que ficam mais longe da população. Vamos retirar e acabar com a confusão de 1,2 mil ônibus da região central e de todo o urbano de Campo Grande. Além de construirmos aqui um shopping de serviços voltado para a área e gera muitos empregos”, discursou Trad.
Pensando o futuro
O governador aponta a visão visionária e critica os “críticos baixos” quanto a uma parceria como está PPP. “Dizem que fazemos concessão de terreno, como este, a quem tem muito dinheiro, mas não lembram, não falam, deve ser porque não sabem mesmo, do ganho de qualidade de vida no centro urbano da cidade. Haverá menos poluição e transtornos. Além da modernidade e o bom acabamento da frota e serviço numa área só. A conservação do Meio Ambiente, onde a mesma atividade fica num só local e há preservação até de água. Visão futurista e moderna da administração municipal e dos empresários”, apontou.
Parceria PPP negociada
O secretario da Sedesc, Edil Albuquerque, coordenador do projeto, lembrou que a PPP está dentro de uma “urbanização negociada”. “Fomos atrás e negociamos, juntamos nossa vontade com a dos empresários, dentro do projeto de urbanismo de toda a cidade. Mostramos aos empresários e o Fernando Garcia embarcou com o futuro e participação a cidade. Pois além da cidade dos ônibus e de todo o beneficio que trará a população no geral, como aos donos de empresas e trabalhadores, vamos alavancar o polo sul e trazer a cidade também para cá, que já tem muito adensamento populacional, mas precisa de investimento e expansão natural também”, declarou.
Edil revelou que com a grande parada dos ônibus, haverá a construção de casas e mais industrias no local. “Tem impacto público com asfalto, posto de saúde, além de outras empresas e empregos no Pólo, ao lado de nossa já grande Moreninha, que ficará maior ainda”, revelou.
Números do empreendimento
A Cidade do Ônibus irá ocupar uma área de 218 mil metros quadrados, reunindo 20 empresas de transporte rodoviário intermunicipal, estadual e internacional contemplando investimentos de R$ 50 milhões e geração de 1.500 empregos. O objetivo é de que até o final do ano, já cerca de 600 ônibus do transporte rodoviário deixem de realizar o trajeto diário de suas garagens até o centro da cidade, melhorando a mobilidade urbana e a qualidade do ar com a redução do dióxido de carbono produzido pelo óleo diesel usado pelos veículos.
