A menos de 24 horas para o dia 21 de dezembro, data em que os maias previram o fim do mundo, muita curiosidade se espalha por crença popular. Que o mundo não vai acabar, todo o mundo já sabe – pesquisas de importantes órgãos como a Nasa (sigla em inglês de National Aeronautics and Space Administration; Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) já desmentiu a profecia maia – mas, se algum tipo de catástrofe se abatesse sobre a Terra, os sobrevivencialistas teriam mais chances de sobrevivência.
É o que explicou ao Capital News o psicólogo Júlio Cheda, sobrevivencialista que mora em Campo Grande. Segundo Cheda, a prática é de planejamento do sobeviveencialismo consiste em preparar-se para as mais diversas situações que podem lhe causar dano se não previstas.
“Caso algo venha acontecer, temos como sobreviver por um tempo”, explicou Cheda dizendo, ainda, que tem estoque de alimento para três meses em casa e para dois anos em sua chácara.
Júlio não acredita no fim do mundo e brinca que vai passar a próxima sexta-feira “tomando uma coca-cola gelada e assistindo televisão”. Ele afirma que o sobrevivencialismo serve como prática de prevenção para episódios que possam acontecer no dia a dia, como enchentes e falta de abastecimento de água e energia, por exemplo.
Essa prática, que tem cerca de dez adeptos em Campo Grande, de acordo com Júlio, foge do padrão e é visto como fora da normalidade por quem não entende do assunto. Mas o psicólogo afirma que o sobrevivencialismo está na cultura de muitas pessoas, que praticam o sistema, mas não tem conhecimento.
“Na época de nossos avós, por exemplo, era normal estocar cinco meses do comida”, comenta o jovem dizendo que naquela época estocar seis meses, um ano, de alimento era prática comum das pessoas.
Cheda ainda explicou que o sobrevivencialismo realiza atividades acampamento, técnicas de sobrevivência e simulação de crise, para seus adeptos saberem como agir em situações de crise.
Comparando a atividade do sobrevivencialismo com a da Defesa Civil, Cheda diz que os trabalhos são parecidos, só que um visa o lado individual e o outro o lado social.