Em uma reunião na Câmara Municipal, o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, apresentou aos vereadores, nesta quarta-feira (23/5), o projeto de R$ 180 milhões do PAC 2 Mobilidade Urbana para Campo Grande.
De acordo com o presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública, vereador Alex do PT, a reunião foi de esclarecimento. “O que queremos é conhecer detalhadamente o PAC 2 Mobilidade para acompanharmos de perto a execução do projeto”, disse o parlamentar em entrevista ao site da Câmara.
Serão construídos 50 km de corredores exclusivos para o transporte coletivo, com objetivo de agilizar o transporte público na Capital, explicou Rudel.
A medida exigirá a construção de estações de embarque e desembarque, além de novos veículos, adequação de calçadas e das vias e investimentos em acessibilidade e iluminação.
O PAC 2 Mobilidade contempla apenas projetos que envolvam melhorias e aperfeiçoamento do transporte coletivo urbano.
Rudel explicou aos parlamentares porque o metrô ainda não é indicado para Campo Grande e porque o sistema de corredores exclusivos para ônibus foi escolhido. “Para que um sistema de VLT [Veículo Leve sobre Trilhos] seja implantado é necessária uma demanda de 16 mil usuários por hora de pico. Já o metrô exige uma média de 30 a 40 mil usuários por hora de pico”, afirmou.
Em Campo Grande, segundo ele, a linha que tem o maior número de usuários na hora de pico é a Bandeirantes - Aero Rancho, com uma média 4.500 usuários por sentido. “Na verdade, a demanda pelo transporte público em Campo Grande ainda é muito pequena, não compensando a instalação de um metrô”, resumiu.