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Saúde Quarta-feira, 26 de Maio de 2010, 11:18 - A | A

Quarta-feira, 26 de Maio de 2010, 11h:18 - A | A

Administração da Santa Casa emite ofício informando que não receberá pacientes graves

Lucia Morel - Capital News

Denúncia do Sindicato dos Enfermeiros de Mato Grosso do Sul (Siems) mostra que a Santa Casa de Campo Grande enviou ofício à Central de Vagas do Estado e também ao Corpo de Bombeiros e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para não encaminhar pacientes graves e que necessitem de internação no Centro de Terapia Intensiva (CTI) ao local. A indicação é de que os pacientes que chegarem deverão ficar nas ambulâncias caso não haja vagas na emergência.

A presidente do sindicato, Helena Delgado, explica que a medida foi válida na última sexta-feira (21), mas que mesmo assim, os pacientes continuam chegando, do interior e da Capital. Nesses casos, os pacientes que conseguem vagas acabam internados, mas na falta de respiradores mecânicos, eles respiram através dos ambus, respiradores manuais. Os enfermeiros e técnicos se revezam na respiração.

Para Helena, o que o hospital pediu através de ofício, vai contra as normas, já que os profissionais de saúde e as próprias unidades não podem se negar a atender pacientes. “Fiz a denúncia como forma de resguardar a atuação profissional. “Se o hospital se nega a fazer atendimento, ele coloca em risco a atividade profissional e até mesmo o registro dos profissionais que atuam lá”, diz ao Capital News, via telefonema.

A sindicalista informa que a situação é tão delicada que atualmente cerca de seis pacientes aguardam vaga nos leitos de CTI e em todos está sendo feita a respiração manual. Para Helena, o que provocou esse caos foi o fechamento de leitos de CTI para reforma. “De que adiante entregar 15 leitos se fecham outros para reforma? A Santa Casa já não tem como receber pacientes”, afirma.

Muitos pacientes graves estão sendo atendidos nos leitos de enfermaria devido a falta de vagas nos CTIs – dois desses espaços foram fechados para reforma.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do hospital, mas até o momento não houve retorno.


Documento foi emitido na sexta-feira (21), mas situação é precária até agora, afirma sindicalista
Foto: Reprodução


Por: Lucia Morel - (www.capitalnews.com.br)

 

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