O julgamento de José Aparecido Bispo, um dos acusados pelo assassinato do menino Dudu, teve início na manhã desta quarta-feira (31). As perguntas iniciais já foram feitas ao réu pelo juiz Aluísio Pereira dos Santos, da 2ª Vara de Crimes Hediondos e Homicídios. Em uma das perguntas José Aparecido, ou Cido, decidiu acompanhar o julgamento presente. Com semblante abatido, Cido negou o crime e disse tratar Dudu, enquanto namorava a mãe do menino, como um filho.
Cido é acusado pelo crime junto de Holly Lee de Souza, mas segundo ele, conhece Holly “só de vista”. Os dois julgamentos iriam acontecer juntos, porém o de Holly foi adiado devido à insanidade mental comprovada em exame médico. O promotor Douglas Oldergado pediu ao juiz que um pequeno caixão com os restos do Dudu fosse colocado diante do júri, pois “são provas que apontam a gravidade do crime”, mas o juiz negou o pedido, portanto a urna será exposta somente ao conselho de sentença.
Cido, que supostamente contou com a ajuda, além de Holly, de mais três adolescentes, disse que “não tem nada a ver com isso”. Ele negou ter algo contra o menino, negou ter envolvimento com umbanda (como testemunhas afirmaram), negou ser usuário de drogas e ainda afirmou: “Eu não sei dizer quem foi. Eu não vi ninguém fazendo nada”.
Ele chegou a confirmar que já teve algumas discussões com a mãe de Dudu, e que já chegou a ir à delegacia por causa de alguma delas, porém, segundo Cido, nunca foi nada grave ao ponto de registrar boletim de ocorrência.
O pai de Dudu, Alberto Gonçalves, de 63 anos, está presente no julgamento. Ele disse estar ansioso e acredita que “o resultado será justo”. Alberto afirmou que em primeiro plano no julgamento estão as testemunhas, como os três adolescentes que seriam parceiros no crime e que confirmaram o envolvimento de Cido. O promotor, junto ao pai da criança, acredita nas provas, na força das testemunhas e na “consistência da acusação”.
O julgamento, que teve início por volta das 9h, deve um pequeno intervalo e segue ainda nas próximas horas.
Por: Ana Maria Assis e Jefferson Gonçalves - (www.capitalnews.com.br)