O vice-presidente do PMDB de Dourados, Antônio Nogueira, disparou críticas contra o próprio diretório em uma entrevista ao jornal O Progresso, daquela cidade. Nogueira afirmou que o diretório municipal está sem comando e que as decisões vem “envelopadas” de Campo Grande. A resposta veio nesta quarta-feira (9) por meio de uma nota de esclarecimento assinada pelo presidente regional, Esacheu Nascimento. O dirigente afirmou respeitar as decisões municipais.
A resposta veio depois de críticas ácidas e um dia antes da decisão sobre quem será o candidato a prefeito da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. “Hoje o partido está sem rumo em Dourados e precisa encontrar este direcionamento a partir de uma decisão que parta daqui e não de Campo Grande. Quem deve decidir o que Dourados quer nestas eleições é o diretório municipal”, declarou Nogueira.
Ele afirmou que os membros do diretório municipal não foram ouvidos sobre nenhuma das decisões que vem sendo tomadas “em função da individualidade de cada líder”. Nogueira é contra a candidatura própria do partido e defende o apoio à reeleição do atual prefeito Murilo Zauith. Disputam a pré-candidatura pelo PMDB os deputados federais Marçal Filho e Geraldo Resende e a vereadora Délia Razuk.
Segundo o dirigente regional, Esacheu Nascimento, a decisão do partido de lançar candidato a prefeito foi tomada pelo diretório douradense no dia 10 de janeiro, com apenas dois votos contrários – um deles do vice-presidente, Antônio Nogueira. “Se a decisão democrática do Diretório Municipal de Dourados não contempla interesses de uns poucos membros, não poderá o Diretório Estadual acudi-los com soluções que deponham contra o interesse da maioria”, afirmou.
O dirigente regional destacou ainda que as pesquisas indicam “o desejo da população douradense em ter mais de uma opção como candidato a prefeito na próxima eleição”.