A Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou, entre os dias 16 e 19 de dezembro, em Campo Grande, o Treinamento em Vigilância de Arboviroses Zoonóticas aplicado à Vigilância Animal. A capacitação ocorreu na Escola Técnica do SUS (ETSUS) e foi promovida em parceria com o Ministério da Saúde e a Plataforma Institucional de Biodiversidade e Saúde Silvestre da Fundação Oswaldo Cruz (Pibss/Fiocruz).
A iniciativa integra a estratégia estadual de fortalecimento da vigilância frente a doenças emergentes e reemergentes, com foco na detecção precoce e na ampliação da capacidade de resposta do Sistema Único de Saúde (SUS). “Capacitar as equipes é fundamental para garantir uma resposta mais ágil e integrada aos eventos de saúde pública. A vigilância precisa estar preparada para identificar precocemente os riscos e atuar de forma coordenada, protegendo a população e o meio ambiente”, destacou a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho.
Voltado à formação de multiplicadores, o treinamento reuniu cerca de 35 gestores e técnicos das áreas de vigilância epidemiológica, entomológica, arboviroses e zoonoses, além de representantes de instituições estratégicas. Participaram profissionais da Defesa Civil, da Polícia Militar Ambiental, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campo Grande, das vigilâncias epidemiológicas municipal e estadual, plantonistas do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e das coordenadorias estaduais de Controle de Vetores, Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica e Saúde Única.
Para a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Danielle Tebet, a capacitação fortalece a atuação no território. “Ao qualificar os profissionais que atuam na linha de frente, fortalecemos a capacidade de detectar precocemente os casos, investigar eventos suspeitos e adotar medidas oportunas, evitando a disseminação das doenças”, afirmou.
O treinamento também reforçou o conceito de Saúde Única como eixo estratégico da vigilância. Segundo a coordenadora de Saúde Única da SES, Danila Frias, “a integração entre saúde humana, animal e ambiental é fundamental para compreender como as doenças se comportam no território. Quando esses três componentes são analisados de forma conjunta, conseguimos antecipar riscos, qualificar a vigilância e tornar as ações de prevenção e resposta mais eficazes”.
Durante quatro dias, a programação combinou atividades teóricas e práticas sobre Febre Amarela, Febre do Nilo Ocidental, Febre do Oropouche e outras zoonoses. “São doenças que exigem acompanhamento constante. Ter profissionais capacitados para identificar sinais, investigar as ocorrências e agir de forma oportuna é fundamental para reduzir o risco de transmissão à população”, ressaltou a gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener.
O coordenador de Controle de Vetores da SES, Mauro Lúcio Rosário, destacou o alinhamento técnico entre as áreas envolvidas. “O controle vetorial é uma etapa essencial na prevenção das arboviroses. Quando trabalhamos de forma integrada, com informação qualificada e análise de risco, conseguimos direcionar melhor as ações e otimizar os recursos no território”, explicou.
Entre os destaques da capacitação esteve o uso aplicado da plataforma SISS-Geo, ferramenta estratégica para monitoramento, análise de risco e apoio à tomada de decisão. Como resultado, a ação aprimorou a qualidade e a oportunidade das informações e reforçou a integração entre saúde humana, animal e ambiental, fortalecendo as estratégias de prevenção, controle e resposta a eventos relevantes para a saúde pública em Mato Grosso do Sul.
• • • • •
• Junte-se à comunidade Capital News!
Acompanhe também nas redes sociais e receba as principais notícias do MS onde estiver.
• • • • •
• Participe do jornalismo cidadão do Capital News!
Pelo Reportar News, você pode enviar sugestões, fotos, vídeos e reclamações que ajudem a melhorar nossa cidade e nosso estado.



