
Diogo Banzer
Vivemos em tempos exponenciais. A internet é um fenômeno que não pode ser mais desprezado em nossas vidas. Os números do IBOPE Nielsen mostram que 1 a cada 3 brasileiros está conectado a internet, são 70 milhões de usuários navegando na rede mundial de computadores. Mas o que isso significa no âmbito empresarial?
A cerca de 10 anos atrás a internet ainda era novidade no Brasil, a grande maioria das empresas não possuía websites ou e-mails para contato, muitas delas se quer enxergava alguma vantagem no segmento virtual. Porém, o tempo passou, o acesso a tecnologia tornou-se cada vez mais barato, a inserção digital virou realidade e hoje observamos o número de usuários brasileiros conectados ao Orkut ultrapassar a população de todos o Estado de São Paulo.
O marketing digital tornou-se peça fundamental no planejamento estratégico das grandes empresas, já as pequenas empresas e start-upis tiveram acesso a um meio de comunicação com baixo custo de investimento e enorme potencial de retorno. As sacoleiras virtuais vendem roupas e acessórios pelas redes sociais. O twitter é monitorado 24 horas pelas grandes empresas que oferecem serviço de atendimento a consumidores insatisfeitos. O e-bit informa que o comercio eletrônico movimentou 10,6 bilhões de reais no Brasil em 2009, número 30% maior que no ano anterior, com previsão de 13,6 bilhões para 2010.
Os grandes varejistas não podiam ficar de fora, WallMart e Casas Bahias ingressaram o comercio eletrônico, os Bancos, Montadoras e Seguradoras investem pesado em ações de promoção de marcas através das redes sociais, no Mato Grosso do Sul a empresa de venda de calçados Anita, inaugurou sua loja online e vendeu 10.000 pares de calçados em apenas 6 meses, o mesmo número de pares demorou 10 anos para ser vendido na loja física, registrando um aumento de 230% no aumento das vendas virtuais de 2008 para 2009.
O empresário não pode ficar alheio a todas essas informações e tendências. Conceitos como, redes sociais, e-mail marketing, móbile marketing, cloud computing não podem ser simplesmente ignorados pelas empresas, sejam grandes ou pequenas. As inúmeras vantagens que o admirável mundo novo das novas tecnologias nos trouxeram ainda está sendo subestimada por muitos. Algumas pessoas ainda acham que a promoção de marcas através de redes sociais é tarefa que pode ser realizada por aquele sobrinho adolescente viciado em jogos online ou a secretária ociosa que passa o dia conversando fiado nas salas de bate-papo. O difícil é entender por que as empresas insistem em economizar dinheiro no planejamento e promoção da marca através da internet, onde a repercussão de uma ação é disseminada para milhares de outras pessoas em fração de segundos, mas gasta cifras enormes nas velhas e frias campanhas off-line que vem perdendo impacto sobre os clientes.
O consumidor brasileiro dá tanta importância aos bons preços como a qualidade do atendimento prestado. O novo consumidor está cansado daquela antiga comunicação de mão única, onde a marca fala e ele escuta. Nós somos o que compartilhamos. Buscamos cada vez mais atendimento diferenciado, exclusivo, interação com a marca, perguntar e ser prontamente respondido, nos queremos serviço de pós venda, poder informar o vendedor se ficamos satisfeitos ou não.
Além das redes sociais como Twitter, Orkut, Facebook, milhares de ferramentas gratuitas surgem todos os dias na internet, softwares com códigos abertos adaptáveis a necessidade do cliente. Os melhores servidores, sistemas inovadores, suporte 24 horas dos melhores profissionais de TI e todas outras maravilhas do cloud computing (internet das nuvens) pode ser adquirida por menos de 100 dólares por mês.
Tudo isso está disponível para quem quiser, basta um pouco de curiosidade e disposição para quem gosta e entende ou contratar alguém que saiba fazer-lo de maneira profissional, desta forma os custos poderão ser reduzidos, o faturamento aumentar e você e sua empresa poderão desfrutar dos inúmeros prazeres que a era digital pode propiciar.
Diogo Banzer, técnico do Sebrae/MS.