Quando era ministro da Saúde no início da pandemia de covid-19, Luiz Henrique Mandetta alertou em entrevista no Palácio do Planalto no dia 31 de março do ano passado sobre a operadora Prevent Senior, que agora virou alvo da CPI da Covid no Senado. Em entrevista no Palácio do Planalto cujo vídeo foi exibido ontem pela CNN, o então ministro falou da elevada taxa de mortes no hospital Sancta Maggiore e até cogitou intervenção nos hospitais da operadora. Dezesseis dias depois, por discordar do presidente Jair Bolsonaro que defendia o tratamento precoce contra covid para evitar parar o comércio e manter a economia ativa, Mandetta deixou o cargo. No mesmo dia, lembrou a CNN, o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou médicos a prescreverem cloroquina e hidroxicloroquina a pacientes com sintomas leves e moderados da doença, além do uso em quadros críticos, que já era adotado. A CNN lembrou ainda que, após a saída de Mandetta da pasta, médicos que integrariam o chamado "gabinete paralelo", como Nise Yamaguchi e Paulo Zanotto, defensores do tratamento precoce, viraram conselheiros do Planalto sobre a pandemia. Veja o vídeo.
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Suzana 26/09/2021
Quando o Mandetta criticou a Prevent foi na verdade um ato de covardia. A Prevent era especializada em idosos e em abril de 2020 seus hospitais tinham um índice de mortes maior, o que era compreensível. O que fez o então ministro, ex presidente da Unimed-MS ? Pontuou a questão, certamente para prejudicar a concorrente. Afinal, o Mandetta não estava no governo por nenhuma outra razão que não a de melhor servir ao mercado privado da saúde, cujos médicos e empresários ajudaram a eleger o genocida. Como ele mesmo reconheceu à época, sequer sabia o que era SUS.
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