Compreender as diferenças é vital para garantir um tratamento eficaz; ficar atento aos sintomas e saber quando procurar ajuda médica pode fazer toda a diferença na recuperação
A pneumonia é uma infecção que atinge os pulmões e pode ser causada por diferentes agentes, sendo os mais comuns os vírus e as bactérias. Muitas vezes, escutamos falar sobre ela, mas poucos sabem que existem dois tipos principais: a pneumonia viral e a bacteriana.
Embora ambas afetem o sistema respiratório e possam causar sintomas semelhantes, elas têm distinções importantes que podem fazer toda a diferença na hora de buscar ajuda e tratamento.
Como diferenciar a pneumonia bacteriana da pneumonia viral?
As principais diferenças entre pneumonia bacteriana e viral estão ligadas ao agente causador, à forma como se espalham, aos sintomas apresentados e ao tratamento.
A pneumonia viral, geralmente causada por vírus como influenza A e B, adenovírus, sincicial, H1N1, H5N1 (gripe aviária) e SARS-CoV-2 (Covid-19), por exemplo, tende a se manifestar de maneira mais gradual como uma gripe ou resfriado.
Já a pneumonia bacteriana, frequentemente causada por bactérias como Streptococcus pneumoniae, pode surgir de forma súbita e intensa.
Os principais sintomas de cada uma
Os sintomas são alguns dos principais aspectos que ajudam a distinguir entre as duas condições.
• Pneumonia viral: costuma incluir febre baixa, tosse seca, dor de garganta, fadiga e, em alguns casos, congestão nasal. A tosse pode ser persistente, mas não necessariamente produtiva, ou seja, pode não produzir secreção.
• Pneumonia bacteriana: por outro lado, os sintomas tendem a ser mais severos e podem incluir febre alta, calafrios, tosse com secreção espessa (muitas vezes, amarelada ou esverdeada), dor no peito que piora ao respirar ou tossir e dificuldade para respirar. A intensidade dos sintomas é um indicativo importante de que se pode estar lidando com uma pneumonia bacteriana.
Quando é necessário procurar ajuda médica?
Saber quando procurar ajuda médica é fundamental. Se você ou alguém próximo apresentar sintomas de pneumonia, especialmente se houver dificuldade para respirar, dor no peito intensa ou febre alta que não passa, é hora de buscar atendimento.
Na pneumonia viral, a maioria dos casos pode ser tratada em casa, com repouso e hidratação, mas a vigilância é essencial, pois a condição pode evoluir para uma pneumonia bacteriana. Caso os sintomas se agravem ou persistam, a avaliação médica torna-se indispensável.
Na pneumonia bacteriana, a necessidade de tratamento médico é ainda mais urgente. O diagnóstico rápido e preciso pode evitar complicações graves, como a necessidade de hospitalização.
O melhor tratamento para cada uma delas
O tratamento também varia conforme o tipo de pneumonia e só pode ser prescrito por um médico especialista.
Para a pneumonia viral, o tratamento geralmente foca no alívio dos sintomas, já que não há medicamentos antivirais específicos para todas as infecções virais. Repouso, hidratação e, em alguns casos, medicamentos para controle da febre e da dor são recomendados.
Já na bacteriana, o tratamento é mais direto. Antibióticos são a primeira linha de defesa, e, dependendo da gravidade da infecção, pode ser necessário o uso de antibióticos intravenosos, especialmente em casos mais severos. A pneumonia bacteriana, se não for tratada adequadamente, pode levar a complicações sérias, como abscessos pulmonares e sepse.
Além disso, manter as vacinas contra Covid-19 e gripe sempre atualizadas é primordial, visto que, segundo o Ministério da Saúde, a imunização reduz em até 45% as hospitalizações por pneumonia e em até 75% a mortalidade causada pela doença.