Os produtores de soja na região Centro-Oeste tiveram que lidar com as chuvas antecipadas, que anteciparam o plantio dos grãos. Porém, a umidade fez com que os focos de ferrugem asiática, uma das doenças mais danosas para a cultura, começassem a aparecer antes do previsto.
Até ontem (28) haviam sido registrado nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins, dez focos da doença, segundo a Consórcio Antiferrugem, que reúne entidades públicas e empresas privadas, como a Embrapa Soja e fabricantes de defensivos agrícolas.
O primeiro foco na safra de 2009/2010 foi registrado em Ponta Porã, no Estado. A planta nasceu de forma espontânea, da semente caída no chão após a colheita, o que é comum. No entanto, a existência do fungo é precipitado, tendo em vista que Mato Grosso do Sul ainda não terminou o chamado vazio sanitário, intervalo durante o qual o cultivo da oleaginosa é proibido.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Soja em Londrina (PR), Cláudia Godoy, na safra do ano passado, os primeiros registros de ferrugem asiática em plantas nascidas espontaneamente ocorreram no mês de novembro e em dezembro nas lavouras de Soja comercial.
Os técnicos se preocupam com o alastramento da doença nos grãos. A Ferrugem asiática exige aplicação de fungicidas, o que acarreta em prejuízos e gastos aos produtores. De acordo com o Consorcio Antiferrugem, desde a safra 2001/02, quando se formalizou o acompanhamento da ação da ferrugem nas lavouras brasileiras, a doença já causou perdas de US$ 11,6 bilhões. ( com informaçãoes de Valor Econômico)
Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)
