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Rural Terça-feira, 08 de Setembro de 2009, 19:02 - A | A

Terça-feira, 08 de Setembro de 2009, 19h:02 - A | A

BioSul defende posicionamento técnico sobre plantio da cana em MS

Da Redação AP

O presidente da BioSul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), Roberto Hollanda Filho, defendeu nesta terça-feira (08/09) que seja adotado um posicionamento técnico e não político sobre a questão do plantio de cana-de-açúcar no Estado. O temor dele é com relação às informações de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai anunciar no próximo dia 17 de setembro veto à expansão das plantações em uma área de 4,6 milhões de quilômetros quadrados - mais da metade do território nacional - e em regiões que mantenham a vegetação nativa no restante do País.

Roberto Hollanda, que representa o Sindal (Sindicato das Indústrias de Álcool), o Sindaçúcar (Sindicato das Indústrias de Açúcar) e o Sinergia (Sindicato das Indústrias de Geração de Energia Elétrica de Pequeno e Médio Porte), destaca que o Governo do Estado realizou um estudo técnico, o ZEE (Zoneamento Ecológico e Econômico), que tem muita consistência e não traz esse veto severo ao plantio de cana. “Nós tememos que esse debate saia do campo técnico e vá para o campo político em um momento importante para o desenvolvimento do Brasil. Não podemos tolher a agroindústria quando ela inicia a projeção do País no cenário global”, analisou.

Ele reforça que esse debate não pode ficar ideológico, mas que deve ser mantido no nível técnico. “Não podemos ficar a mercê do viés político”, destacou, completando que Mato Grosso do Sul tem terra suficiente disponível para o plantio de cana sem precisar invadir o Pantanal ou as áreas destinadas ao cultivo de alimentos. “O Estado tem 10 milhões de hectares de áreas degradadas, hoje ocupadas por pecuária extensiva e que são propícias ao plantio da cana. Atualmente, a área com cana é de 400 mil hectares, a previsão é de que chegue a 1,5 milhão, sobrando ainda 8,5 milhões de hectares degradados”, lembrou.

Segundo Roberto Hollanda, a sociedade pode ficar tranqüila de que não haverá cana no Pantanal, nem destruição de florestas ou redução de alimentos. “Pelo contrário, com a cana ocupando as áreas degradadas, a geração de alimentos será maior, pois realizamos a rotação de cultura”, ressaltou, acrescentando que ainda há espaço para novas unidades sucroenergéticas no Estado e quem tiver como meta instalar projetos sustentáveis pode vir para Mato Grosso do Sul.

 

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