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Rural Terça-feira, 07 de Julho de 2009, 07:15 - A | A

Terça-feira, 07 de Julho de 2009, 07h:15 - A | A

Nova onda de demissões e quebradeira ameaça frigoríficos

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

A falta de oferta de boi para abate pode proporcionar nova onda de demissões e fechamento de frigoríficos em Mato Grosso do Sul nos próximos meses. O alerta é de Rinaldo Salomão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Campo Grande e Região. “Alguns frigoríficos acostumados a abater uma média de 600 a 1.000 bois/dia, estão abatendo somente de 50 a 100 cabeças/dia. Eles não vão suportar tamanho prejuízo e logo começarão a quebrar novamente”, advertiu o sindicalista à redação do Capital News. 

Rinaldo Salomão apela para o governador André Puccinelli para que intervenha no mercado antes que novos trabalhadores percam o emprego. “Recentemente o governador chegou a levantar a possibilidade de importação de gado do Paraguai para atender à demanda reprimida dos frigoríficos e agora, ao que parece, é o momento de agir para aumentar as ofertas de gado para abate”, recomendou. 

Para o sindicalista, o principal culpado desse quadro no mercado é o produtor sulmatogrossense que, segundo ele, estaria segurando o boi no pasto para auferir maior preço pela arroba, que tem alcançado patamares nunca antes registrados. O governo precisa intervir nesse mercado e fazer com que aumente a oferta de gado para os frigoríficos honrarem compromissos assumidos com o mercado interno e principalmente externo, explica Rinaldo Salomão.

Como exemplo, o sindicalista citou o caso do frigorífico Beef Nobre, com capacidade para abate de até 600 cabeças/dia, está abatendo apenas entre 30 e 40 cabeças. Em Porto Murtinho, Rochedo e Rio Verde, a situação é ainda mais crítica. As empresas estão na iminência de promover novas demissões e correm risco de quebrar por falta de matéria prima encontrada com fartura no campo. “Não temos dúvida de que se o Governo não intervir, a situação poderá tornar-se mais crítica que há alguns meses”, comentou o sindicalista.

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