Segundo Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, dez municípios estão em estado de emergência por conta da estiagem que acomete o Mato Grosso do Sul em 2009 e outros 4 aguardam a homologação do decreto por parte do governo estadual. O Estado não enfrentava situação parecida desde 2005, afirma o capitão Nivaldo Gonçalves Rodrigues à reportagem do Capital News.
Por ocasião da safra de verão, foi decretado estado de emergência em Bataiporã, Caarapó, Deodápolis, Douradina, Dourados, Laguna Caarapã, Maracaju, Sidrolândia e Vicentina. O último município pediu, inclusive, a prorrogação do prazo para mais 90 dias. Já pela safrinha, receberam homologação os municípios de Amambai, Aral Moreira, Douradina, Dourados, El Dourado, Itaquiraí, Itaporã, Naviraí, Sete Quedas e Sidrolância. Atualmente, Fátima do Sul aguarda a homologação do decreto de estado de emergência.
Ainda de acordo com o capitão Nivaldo, "65 municípios decretaram estado de emergência em 2005". "No ano passado, não houve a necessidade de homologação destes decretos em MS", ele informa, referindo-se à estiagem em teor baixo em 2008. O decreto de emergência é aceito pelos credores como prova de perdas econômicas por conta do mau tempo. Neste ano, por exemplo, houve queda de 40% na produção de milho safrinha.
FAMASUL pede apoio ao Ministério da Agricultura
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL) solicitou ao Ministério da Agricultura que intervenha junto ao Conselho Monetário Nacional (CMN) pela extensão do prazo para prorrogação de dívidas de produtores rurais de 14 cidades do Estado que tiveram prejuízos com a seca. Elas ficaram de fora da resolução n° 3730 publicada no dia 28 de maio que permite a prorrogação das parcelas das dívidas de investimento e custeio porque tiveram os pedidos de Estado de Emergência homologados após 27 de maio, data estipulada pelo CMN como limite para homologação.
De acordo com a FAMASUL, as cidades de Amambaí, Sete Quedas, Itaquiraí, Aral Moreira, Ponta Porã, Naviraí, Eldorado, Fátima do Sul, Antonio João, Rio Brilhante, Glória de Dourados, Novo Horizonte do Sul, Tacuru e Campo Grande não foram beneficiadas pela portaria do CMN e precisam da prorrogação das dívidas. Elas são responsáveis por 30% da produção de soja do Estado, ou seja, uma área de mais de 500 mil hectares.
