A alta no preço do feijão em todo o país foi provocada por queda na produção na última safra. De acordo com o economista Leonardo Mussury, houve redução na área de plantio devido às condições climáticas desfavoráveis, o que desestimulou os produtores a investir na cultura.
Segundo o economista, houve redução no plantio em várias regiões, como São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Também em MS, a área plantada na safra passada foi menor em relação ao ano anterior.
Em Dourados, o preço do quilo do feijão teve reajuste de até 184%, passando de R$ 2 em média para até R$ 5,69, preço verificado na tarde desta segunda pela reportagem no mercado Maxi Bom (Abevê) para a marca Yamanari.
Segundo Leonardo Mussury, o preço do feijão pode apresentar queda a partir de janeiro, quando começa a colheita no Paraná. O preço do produto também vai depender da quantidade estocada nos armazéns, já que o feijão não pode ficar armazenado por muito tempo.
O motorista Márcio Fraile, 42, disse que o preço do feijão está “absurdo”, mas que, apesar do reajuste, o consumo da família continua o mesmo. “A gente continua pagando porque não dá para deixar de consumir. É um alimento essencial para a mesa do brasileiro”, afirmou.
A mulher dele, Ademilda, 40, disse que agora a opção da família é pelo produto mais barato. “Eu pesquiso e compro o de menor preço. Não dá mais para comprar o de melhor qualidade”, afirmou.
Na tarde desta segunda-feira, em rápida pesquisa nos mercados de Dourados, a reportagem do Diário MS encontrou preços bastante variados para o quilo do feijão, variando de R$ 2,63 até R$ 5,69. (Com informações do Diário)