Assessoria/Divulgação
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A sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) recebeu representantes da cadeia produtiva do leite de todo o Sul do Brasil durante a reunião da Aliança Láctea Sul-Brasileira, realizada nesta terça-feira (10). Foi o primeiro encontro do grupo desde que Mato Grosso do Sul passou a integrar oficialmente a Aliança, em outubro do ano passado.
A reunião marcou um novo momento para o setor leiteiro do estado, que busca expandir sua produção com sustentabilidade e qualidade, mirando a competitividade no mercado nacional e internacional. Participaram do encontro representantes do setor produtivo, governo e entidades técnicas de diversas regiões do país.
Divulgação/Famasul
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Durante as discussões, foram apresentados o calendário de encontros de 2025, o Relatório Socioeconômico da cadeia do leite nos estados membros, e as consequências comerciais da nova tarifa imposta pelos Estados Unidos aos produtos lácteos brasileiros. Também foram discutidas atualizações sobre a sanidade animal, especialmente no combate à brucelose e tuberculose, além da valorização do produtor rural.
Segundo dados apresentados no encontro, Mato Grosso do Sul ultrapassou a marca de 190 milhões de litros de leite produzidos em 2024, resultado do fortalecimento de políticas públicas voltadas ao setor. O Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) tem papel central nesse avanço, oferecendo assistência técnica e gerencial a 6.704 propriedades, o que representa 28% das fazendas leiteiras do estado.
Entre os projetos em destaque está o Melhoramento Genético de Rebanhos Bovinos Leiteiros, desenvolvido pelo Senar/MS em parceria com o Governo do Estado, com investimento previsto de R$ 4,3 milhões até 2026. A proposta inclui 2 mil inseminações artificiais em tempo fixo (IATF), 1.200 transferências de embriões e a distribuição de 427 animais melhorados geneticamente a produtores selecionados no programa Proleite.
Outro programa importante é o Pró-Leite, elaborado pelo Governo do Estado com a Câmara Setorial da Cadeia do Leite. A iniciativa visa integrar ações de melhoramento genético, apoio à indústria, assistência técnica e o subprograma Leite Vida, com foco social. A meta é ampliar a produção estadual em 4 milhões de litros ao longo de seis anos, com um aporte de R$ 70 milhões nos próximos dois anos.
Durante o evento, também foi apresentado o Plano de Desenvolvimento da Competitividade Global do Leite Sul-Brasileiro (PDCGL), uma estratégia para transformar a região Sul do Brasil em um polo exportador de produtos lácteos de alto valor agregado. O plano propõe ações em cinco eixos: produtividade, qualidade, sanidade, eficiência e exportação.
“As iniciativas têm o objetivo de melhorar a eficiência das propriedades, com foco em genética, manejo, alimentação e organização logística”, afirmou um dos representantes da Aliança. Entre as medidas sugeridas estão a regionalização das ações, contratualização entre produtores e indústrias para reduzir a volatilidade de preços, e melhorias na imagem dos produtos lácteos brasileiros no exterior, com foco em rastreabilidade, bem-estar animal e certificação ambiental.
Com essas estratégias, Mato Grosso do Sul busca se consolidar como um dos principais produtores de leite do país, contribuindo de forma decisiva para o avanço do setor no Brasil.
