Acervo pessoal

Atleta afirma que meta é ganhar o campeonato Brasileiro, depois participar do sul-americano na Argentina e futuramente o mundial
O meu sonho é derrubar um Russo e finalizar minha carreira
“A minha meta é ganhar o campeonato Brasileiro, depois participar do sul-americano na Argentina e futuramente o mundial. O meu sonho é derrubar um Russo e finalizar minha carreira”, para atingir esse objetivo, disciplina e foco não faltam para o bracista sul-mato-grossense Emilson Barreto de Souza Júnior Veditta.
Há menos de 15 dias do Campeonato Copa Brasil de luta de braço, em Três Lagoas, alimentação regrada, 4 horas de treino e muita, mas muita dedicação estão na rotina do atleta, que no último ano precisou se reinventar. Veditta, foi assaltado no ano passado, ele conta que no dia, os criminosos o agrediram e por causa disso, foi parar no hospital onde ficou internado 50 dias, sendo 40 em coma após duas paradas cardiorrespiratórias.
Após a alta a volta por cima, desafiadora, segundo ele. O bicampeão brasileiro, e campeão invicto estadual, voltou a treinar e agora está se preparando para o primeiro campeonato pós coma e para poder custear as despesas da viagem, não cruzou os braços, bateu de porta em porta em busca de apoio financeiro. “É muito difícil o Estado investir no esporte, eu consigo porque uma pessoa dedicada, levo muito não, mas não desisto”. Explica.
Não desisto
A queda de braço é um esporte bastante antigo, segundo a literatura, há registros da prática antes de Cristo. No século 20, começou a ser oficializada como esporte e popular entre os brasileiros, no entanto só em 1967, ganhou visibilidade internacional com a fundação da W.A.F (World Armwrestling Federation – Federação Mundial de Luta de Braço), que hoje conta com 117 países filiados.
O gosto pelo esporte começou ainda criança conta Veditta, ele fala que sempre teve muita força e já na escola, lutava com os coleguinhas inspirado no filme “Falcão” onde o ator principal é o Sylvester Stallone. Na juventude, com 17 anos, disputava em barezinhos a troco de cerveja, relembra.
O primeiro campeonato que Veditta participou foi em 2002 no Parque Jacques la Luz, no bairro das moreninhas. Na época, segundo ele, ganhou de um atleta, que era sete anos vencedor invicto, de lá para cá não parou mais, vieram os campeonatos estaduais e brasileiros, mas hoje o sonho dele é participar de um mundial.
Para o Copa Brasil de luta de braço na cidade das águas nos próximos dias 16 e 17 de setembro, o atleta está contando com a ajuda do instrutor e bombeiro militar Tibério Francisco Rosa de 47 anos. Tibério já foi aluno de Veditta e desde que o atleta saiu do hospital, os papéis se inverteram e atualmente é ele quem ocupa o posto de instrutor, para treinar, os dois se encontram pelo menos uma vez na semana.
Rosa treina atletas com idades entre 18 e 51 anos, ele explica que o treinamento de um bracista é específico de mão, mas sem deixar de lado o conjunto que inclui: braço, ombro, costas, antebraço, entre outros músculos. O preparo, segundo ele, é importante para evitar lesão, “se os músculos estiverem bem fortalecidos não ocorre, mas se a pessoa não fortalece, a chance de lesionar existe”. Pontua.
O treinador fala que ainda hoje muita gente associa o sucesso de um lutador de luta de braço ao porte físico, mas enfatiza que não é isso que conta. “O atleta de luta de braço não é forte, não é um fisiculturista. É aquele que você olha e não imagina que tem força, isso porque a força desse atleta está nos tendões, nervos. Não se julga uma pessoa pela aparência na luta de braço, mas sim na mesa”, finalizou.
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