Com cerca de 5 mil campistas, Santuário Nossa Senhora da Abadia comemora 20 anos de história com 11º Acampamento Sênior

Arquivo/Santuário

Alegria e entusiasmo são marcas registradas dos acampamentos em Campo Grande

Já estão abertas as inscrições para o 11º Acampamento Sênior do Santuário Nossa Senhora da Abadia, que vai de 11 a 15 de novembro, no sítio Divina Misericórdia, em Campo Grande. O acampamento é para pessoas com mais de 25 anos ou abaixo de 25 desde que sejam casados ou tenham filhos.

As inscrições podem ser feitas no horário comercial na secretaria do Santuário e aos sábados e domingos nos horários das missas: sábado, 19h e domingos às 10h, 17 e 19h. O Santuário Nossa Senhora da Abadia fica nos Altos da Avenida Afonso Pena, em frente a antiga Cidade do Natal.

O movimento campista é um grande retiro da igreja católica que já se tornou febre e arrasta multidões em vários estados Brasileiros desde sua chegada ao país em 1994. Segundo o pároco do Santuário, padre Paulo Vital, um dos precursores do movimento na Capital, somando todas as edições e levando em conta os acampamentos infantis, mirins, Formação para Adolescentes Cristãos, juvenis, seniores, acampamentos de casais e terapêuticos, cerca de cinco mil pessoas já participaram apenas pela paróquia Nossa Senhora da Abadia.

Cinco melhores dias!
Quem já foi, é enfático em dizer que são os cinco melhores dias da vida. Quem ainda não foi, se incomoda quando pergunta aos campistas o que acontece lá dentro e recebe como resposta: “Só fazendo, para saber!”

Diretor espiritual dos campistas na Abadia, padre Paulo diz que não tem explicação melhor: “Ninguém gosta que outra pessoa conte a história de um filme que está indo assistir não é mesmo? Com o acampamento não é diferente! É preciso fazer essa experiência com Deus para provar do momento e tirar sua própria conclusão”.

O sacerdote participou do primeiro acampamento realizado em Campo Grande, no ano de 2001, na Lagoa da Cruz, organizado por um grupo de colaboradores da Ampare. “Essa foi apenas a primeira tentativa de implantação, mas não deu muito certo pelas dificuldades financeiras e de pessoal”. Ele retornou ao movimento depois, em 2007 e de lá pra cá já foram dezenas e dezenas de acampamentos sob sua direção.

Acervo pessoal

Stela sente orgulho em contar que segue servindo a Deus ao lado da família

Testemunhos de fé
“Eu vim para a Abadia [igreja], depois que uma amiga me convidou para coroar Nossa Senhora na festa dela. Desde aquele dia, não sai mais”. O relato é da campista Stella Palhano, uma das primeiras a participar do movimento campista pelo Santuário, ainda no ano de 2014.

Stella participou do 1º Acampamento Sênior e seu testemunho vem carregado de emoção e de uma mudança de vida. “No acampamento, Jesus me resgatou, foi me curando das dores, me chamando a caminhar com Ele. O amor de Jesus que senti ali foi muito forte e voltei diferente, minha família falou que tudo estava diferente em mim. Logo depois meu marido fez, pois ele viu a necessidade de caminharmos juntos”, relatou.

De acordo com ela, para o esposo foi ainda mais impactante levando em consideração que, diferente dela, ele não vinha de berço católico, mas viveu uma experiência que mudou significativamente sua vida. “Ele mudou o modo de ver os problemas, as dificuldades, sabendo que Jesus cura, liberta e restaura”, concluiu.

Lucas Pereira Matayoshi, 26 anos, é juvenista do Santuário desde 2018 e seu testemunho de fé mostra uma caminhada de perseverança que o levou a reconciliação em família e ao fim do uso diário de álcool.

“Começo dizendo que sempre senti Deus comigo, sempre tive minha fé. Ia nas missas, sou batizado, fiz a primeira eucaristia, crisma, mas a verdade é que eu não vivi tudo isso. Dos 14 aos 21 anos eu vivia no mundo e meu acampamento me fez enxergar a pessoa que eu realmente era. Eu estava  vivendo uma mentira e foi isso que Deus me mostrou”, conta.

Lucas tinha muitos problemas em casa e lembra que decidiu procurar o acampamento por conta própria depois de um colega ter ido. “Foi e está sendo um tratamento muito grande na minha vida”. relata.

Acervo pessoal

Lucas traz testemunho de reconciliação e mudança de hábitos

De acordo com ele, o tempo foi passando e ele sentindo no coração que não queria ver tudo esfriar. Foi quando resolveu conhecer melhor sobre sua religião, estudou e se propôs a uma rotina de orações. Lucas percebeu o quanto o álcool lhe fazia mal e passou a reduzir o consumo. Depois de um ano e oito meses, estava orando ajoelhado no chão do quarto e ouviu a voz clara de Deus. “Ele falou comigo duas vezes: Você não precisa mais disso!”

“Deus foi me mostrando o caminho e o mérito é d´Ele, mas tive que caminhar, tive que dar meu braço a torcer muitas vezes, rezar e fazer penitência”. Outra grande graça alcançada foi a reconciliação com a irmã mais velha. Eu  nem sei o que estava fazendo em casa e começamos a brigar, mas senti forte o chamado do Espírito Santo e acabamos nos reconciliando entre lágrimas”, finalizou.

Fui acampar
Os acampamentos tiveram início nos Estados Unidos e países da Europa como forma de testar a aptidão física de pessoas que iriam entrar nas universidades ou para o treinamento de lideranças. Depois chegou ao México pelas mãos do cantor católico, Martin Valverde, com o intuito de evangelizar.

Chegou ao Brasil pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, por volta de 1994. Em 2000, Astromar Braga, atualmente pregador conhecido entre os católicos por seu testemunho de fé, esteve em Petrópolis (RJ) para um curso de evangelização, um pedido do Papa João Paulo II ainda na década de 90.

Lá ele descobriu que algumas pessoas iriam para um acampamento e resolveu participar. Baseado naquele projeto, ele levou o acampamento para São Paulo com um novo modelo, mas seguindo a metodologia de Martin Valverde. Desde então, o movimento tem crescido exponencialmente.

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