Em entrevista à CNN Money, o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, afirmou que o estado vive um momento de transformação logística decisiva para o agronegócio e a economia regional. Ao comentar o andamento do corredor bioceânico — rota que ligará Campo Grande aos portos do Chile — o governador destacou que “a obra está caminhando bem” e que há uma “nova perspectiva econômica” em curso.
Riedel explicou que o projeto faz parte de um pacote mais amplo de infraestrutura que inclui quatro eixos: concessões de rodovias, reativação da malha ferroviária, avanço nas hidrovias e a finalização do corredor bioceânico.
“Estamos com mais de 1.600 km de rodovias sendo duplicadas por meio de PPP´s, com investimentos que ultrapassam R$ 20 bilhões nos próximos 10 anos”, afirmou o governador. Sobre as ferrovias, citou a retomada da malha oeste e sua conexão com a malha paulista, “fundamental para o complexo de celulose”. Também mencionou a hidrovia partindo de Corumbá, importante para escoar o minério sul-mato-grossense via Uruguai.
A principal aposta, no entanto, está na rota bioceânica. “Ela se concretiza com o término da ponte previsto para 2026, além de 13 km de pavimentação no Paraguai, que já estão em andamento”, disse Riedel, elogiando a atuação da ministra paraguaia Claudia Centurión na condução das obras.
A conexão com os portos chilenos deverá reduzir em até 14 dias o tempo de navegação rumo à Ásia, o que representa um ganho estratégico. “Isso nos torna mais competitivos frente a outros players do mercado internacional. Vamos ampliar a exportação de proteínas animais, como frango, suíno e carnes processadas, e também facilitar a entrada de produtos asiáticos.”
Segundo o governador, o estado se prepara para um novo ciclo de desenvolvimento com base em logística integrada, diversificação da produção e fortalecimento das exportações.
Governador do MS comenta estratégias para o agronegócio no estado | Abertura de Mercado